segunda-feira, 12 de março de 2012

De volta aos trabalhos...



E olha que isso foi antes de começar
 a jogar World of Warcraft...
Eu disse que era um péssimo blogueiro. Fiquei um bom tempo sem colocar nada no Gabinete, nem uma palavrinha sequer sobre filmes, livros, jogos, quadrinhos, séries e outras coisas que fazem parte da minha vida. E tudo isso sem grandes motivos além de pura e simples falta de tempo.

Mas, como nem toda a preguiça do mundo dura pra sempre, eu estou de volta com alguns assuntos para comentar.

Viu só? Essa minha demora em postar algo nem foi tão ruim assim, me deu tempo de achar um monte de coisa interessante pra comentar. E, se tudo correr conforme o planejado, não fico mais tanto tempo sem publicar novos textos.

...e aos temas recorrentes

Um dos textos meus que rendeu uma boa discussão foi o sobre refilmagens. Curiosamente, vi dois filmes que ilustraram direitinho o que eu disse.

O Colin Farrell como o vampiro
pedreiro mais cafajeste possível...
Um deles mostrava como uma refilmagem pode ficar bacana e divertida, sem estragar as ideias do filme original, mas mostrando-as de outra forma, com outra visão. Estou me referindo a A Hora do Espanto 3D (Fright Night 3D), que atualizou e modernizou a história de terror com toques de comédia de um garoto que descobre que o vizinho que acabou de se mudar para a casa ao lado é um vampiro. Um bom elenco, um ritmo muito bem conduzido pelo diretor e um filme com uma boa dose de estilo próprio e momentos divertidos.

O outro filme serve pra mostrar exatamente como tudo pode dar errado. Não é exatamente uma refilmagem, mas uma prequel (termo feio, prefiro utilizar “prelúdio”, como o grande editor Fernando Lopes me ensinou): A Coisa (The Thing). O “original” de John Carpenter (que por sua vez era uma refilmagem de O Monstro do Ártico) marcou uma época em vários sentidos; estilo de narrativa, efeitos especiais, etc., e ainda hoje é considerado um dos melhores da ficção científica ou do terror. Um prelúdio daquela história simples e assustadora certamente daria um ótimo filme, não? Bem... não.

"Vou ficar fazendo cara de conteúdo
para ver se convenço..."
Esse prelúdio é um filme facilmente esquecível, onde tudo acontece rápido demais, sem convencer o espectador e com pressa. Parece que queriam ficar mostrando a tal da coisa (sem piadas de duplo sentido aqui) o tempo todo, ou o cenário, ou a nave legal, ou como eles gastaram em efeitos especiais... e esqueceram de pequenos detalhes, como história, roteiro, trama, personagens bacanas e – puxa, é mesmo! – assustar o espectador. Afinal, era pra ser um filme de terror, não? Em termos de ritmo e de “causar desespero num lugar inóspito e gelado que pode te matar”, Terror na Antártida (Whiteout), de 2009, se deu muito melhor. E nem tinha monstro. E tinha a Kate Beckinsale.

Se estava pensando em ver esse novo filme, melhor rever o antigo, do John Carpenter e que, mesmo tendo trinta anos, dá um banho no mais recente. Mesmo sem a Kate Beckinsale.