tag:blogger.com,1999:blog-84927081070922250802024-03-12T22:25:10.711-07:00Gabinete de SaladinoRogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-49922653622837691282015-08-04T05:54:00.002-07:002015-08-04T05:54:36.689-07:00Alexandre Callari, o escritor zumbi<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2sy7IstP_0GlksGCs7qdvH3K3Dto7xMaHE4rMOLSSn6qTODUquZVyGGoSa1fDINjQFyeFcsHqLp1KoeIGoWtPaRIilB9LbvPsEq4zxTbNqqSdVopL_ipcEH0ttwM6_OxwtJKmnygbMqA/s1600/AleCallariPortrait.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2sy7IstP_0GlksGCs7qdvH3K3Dto7xMaHE4rMOLSSn6qTODUquZVyGGoSa1fDINjQFyeFcsHqLp1KoeIGoWtPaRIilB9LbvPsEq4zxTbNqqSdVopL_ipcEH0ttwM6_OxwtJKmnygbMqA/s1600/AleCallariPortrait.jpg" width="223" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alexandtre Callari, em foto<br />de homem sério.</td></tr>
</tbody></table>
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Na primeira entrevista exclusiva do Gabinete, temos o prazer imenso de conversar com <b>Alexandre Callari, </b>autor dos livros <i>Apocalipse Zumbi</i> e <i>Apocalipse Zumbi 2: Inferno na Terra.</i> Além disso, Callari é um entusiasta do terror (filmes, quadrinhos, etc.), editor da DC Comics na Editora Panini e ainda faz mais coisas do que o tempo parece permitir.</span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><br /></span>
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><i>Além de ser um autor de livros de terror, você
tem um currículo bastante… curioso. Pode dizer algumas das outras coisas que
Alexandre Callari já fez?</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><b>Alexandre
Callari:</b></span></i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"> Claro. Atuei em diversos segmentos e sempre
busquei me destacar em tudo o que fiz. Fui músico profissional quando era mais
jovem e gravei diversos CDs com minha banda, o Delpht, além de ter produzido
vários outros, com destaque para <i>William
Shakespeare’s Hamlet. </i>Durante anos meu ganha-pão foi ser professor de
inglês, mas ao me mudar de São Paulo para Araraquara, abri uma academia de
artes marciais, onde dei aulas por quase uma década. De volta a São Paulo, hoje
me limito apenas a treinar. Sou editor do site Pipoca e Nanquim, ao lado do
Daniel Lopes e do Bruno Zago, tradutor de mais de três dezenas de livros e
atuei na área de políticas públicas, quando ainda estava em Araraquara. Também
já atuei como produtor de shows, chegando a fazer um megaevento com a banda
Charlie Brown Junior. Recentemente ingressei na área do cinema e da televisão,
produzindo alguns roteiros e continuo editando quadrinhos e lançando meus
livros. Faltou mais um monte de coisas, mas essas foram as principais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><i>O que fez você escrever um romance sobre zumbis?
Porque a escolha específica desse monstro clássico do terror?</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><b>AC:</b></span></i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">
Há alguns anos, previ que zumbis explodiriam na cultura pop. Isso foi antes de
a série <i>The Walking Dead </i>sair (ela só
tinha sido anunciada). Brad Pitt também já tinha manifestado o interesse de
produzir <i>Guerra Mundial Z </i>e achei que
com esses dois produtos, as coisas iam pegar fogo. E eu estava certo. Ao
pesquisar, tentei localizar outros romances de autores brasileiros e não achei
nada. Contatei o Gonçalo Junior, autor do <i>Almanaque
dos Monstros, </i>e perguntei se ele tinha conhecimento de algum livro assim e
ele também afirmou que pesquisara a fundo e nunca encontrara nada escrito por
um brasileiro. Cheguei à conclusão de que se havia algum romance antes do meu,
era tão insipiente, tão desconhecido, que meu livro primaria pelo caráter do
ineditismo. Resolvi levar a proposta à editora Generale, que apostou na ideia.
O sucesso do primeiro livro os levou a aprovarem meu plano inicial para uma
trilogia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLW1S0rC_2yXl_vdeKB7REpSYmEjzEUIAi92i95XDt_bBC-13j6PPUI61DF-0aYOg3cMbSE4qcQjc53X4uK5FgOJTjtAv175bm08OpeZWy69gE8UM558YOIO9Yto9JmtN-jLj7wAhxA9A/s1600/Apocalpse+Zumbi+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLW1S0rC_2yXl_vdeKB7REpSYmEjzEUIAi92i95XDt_bBC-13j6PPUI61DF-0aYOg3cMbSE4qcQjc53X4uK5FgOJTjtAv175bm08OpeZWy69gE8UM558YOIO9Yto9JmtN-jLj7wAhxA9A/s1600/Apocalpse+Zumbi+1.jpg" width="222" /></a><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">Dentro da imensa mitologia criada por filmes e
livros (e quadrinhos e outras mídias), quais elementos relacionados aos zumbis
você acha mais interessantes? Quais você fez questão de usar nos seus livros?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><b>AC:</b></span></i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><b>
</b>Quis escrever dentro da lógica de epidemias, já que sou grande fã do trabalho
de Danny Boyle em <i>Extermínio. </i>Por
outro lado, de George Romero, herdei as críticas sociais e a necessidade de
jogar as atitudes humanas (e sua periculosidade) no centro da ação. Fugi à necessidade
de dar explicações, pois percebi que sempre que elas existem, são frágeis e
quebram o encanto – mais uma lição aprendida com Romero. Mas também pensei
muito por conta própria e procurei criar minhas ideias. Por exemplo, após
estudar sobre epidemias, descobri que embora exista um padrão viral, os
organismos afetados costumam se comportar de maneira diferente – era tudo de
que precisava para criar variações do vírus, se é que foi mesmo um vírus. Desse
modo, pude brincar bastante com conceitos pré-estabelecidos, mas também levar
as coisas além.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><i>Quais os filmes, livros e outras fontes que mais
influenciaram na concepção ao escrever </i>Apocalipse
Zumbi?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b><i>AC:</i></b></span><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">
Romero e Kirkham são fontes óbvias, no sentido da concepção dos personagens e
da evolução que eles sofrem ao longo do tempo. <i>Rec., Madrugada dos Mortos </i>e <i>Extermínio
</i>me forneceram os zumbis absolutamente brutais que buscava – rápidos e
letais. As opções narrativas não lineares e recheadas de <i>flashbacks</i> – um formato que adoro – vieram de <i>Lost</i>. Acho que no fundo há uma boa colagem de muitas coisas que vi
ao longo da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ34EaOd3hishaCua_Ecrwmkk-PWwIqhVPUFP3uh_OIGAoyhHeSyNHcWobT7-3aUjuftpEqi2FhY_6ohOzvSiIJemm43exRLeVmhJ3SC6cKGPfxz0Ybny6BAWgVeaHtPEmv-lEniIytmA/s1600/Apocalpse+Zumbi+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ34EaOd3hishaCua_Ecrwmkk-PWwIqhVPUFP3uh_OIGAoyhHeSyNHcWobT7-3aUjuftpEqi2FhY_6ohOzvSiIJemm43exRLeVmhJ3SC6cKGPfxz0Ybny6BAWgVeaHtPEmv-lEniIytmA/s1600/Apocalpse+Zumbi+2.jpg" width="320" /></a><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><i>Um dos elementos que mais desperta a curiosidade
dos fãs do gênero é quais novidades surgem em cada obra envolvendo zumbis, o
que será que vai aparecer de novo no tema. O que você colocou de novo ou
diferente nos seus zumbis?</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><b>AC:</b></span></i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">
Expliquei isso um pouco mais acima, mas esse é um terreno que preciso ter muito
cuidado. Levar zumbis para naves espaciais pode ser uma boa ideia? Para o Velho
Oeste? Criar zumbis a partir de possessão demoníaca ou zumbis vindos de outras
dimensões funcionará? Em algum momento, alguém teve essas ideias que,
teoricamente, feriam o cânone, mas que, por terem sido bem-executadas, acabaram
sendo incorporadas a ele. No final das contas, acredito que não existe “isso
não pode”, o que existe é uma boa execução de uma ideia. Quando escrevi o
primeiro livro, não tinha precedentes em que me basear – apenas o material
gringo – então a editora me recomendou cautela. Tive de segurar nas loucuras
estapafúrdicas e na violência. Não me entenda mal, ainda é um livro de terror e
não estou querendo dizer que fui censurado nem nada assim; mas tive de me
segurar um pouco. Com o sucesso do livro, o segundo foi uma esbórnia total e
tive a chance de realmente pirar. Embora eu goste do primeiro livro e ele foi o
pontapé inicial para este universo, com o segundo a coisa pegou fogo. É lá que
estão as ideias mais doentias e bacanas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><i>Já foram lançados dois livros no mesmo cenário,
</i>Apocalipse Zumbi<i> e </i>Apocalipse Zumbi 2. <i>Vai sair um terceiro volume fechando a
história? Você pode adiantar alguma coisa desse terceiro livro?</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">AC:</span></i><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;">
O terceiro volume está quase pronto e fechará a trilogia. Posso adiantar que
levei a história numa direção completamente inesperada e que estava nos meus
planos desde o começo. De acordo com os próprios fãs, levantei muito as
expectativas com o segundo, então só espero cumprir com as expectativas. O
terceiro livro sai ainda este ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg7Zaw3FjHwpWuPbOnegMTz_Rfqo33v1dSjqRvdhFRpFEe9OZLPPZOEYNUzetJeeRD3u091Oq_5t9DoZPS6f9ZPukqrh4KjGiVX9hjNtv5uugb_7N_wVx_txRJAYMRie9qz6G9ajyWc8E/s1600/486681_4337991160780_495381700_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg7Zaw3FjHwpWuPbOnegMTz_Rfqo33v1dSjqRvdhFRpFEe9OZLPPZOEYNUzetJeeRD3u091Oq_5t9DoZPS6f9ZPukqrh4KjGiVX9hjNtv5uugb_7N_wVx_txRJAYMRie9qz6G9ajyWc8E/s1600/486681_4337991160780_495381700_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O mesmo Alexandre Callari, numa foto <br />de homem não tão sério...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Para terminar a postagem, uma excelente notícia: Alexandre fechou contrato com a <a href="http://www.darksidebooks.com.br/" target="_blank">Darkside Books </a>(pois é, ela mesmo) e ainda este ano deve sair um lançamento dele por essa editora fantástica que tem colaborado muito com a literatura fantástica no Brasil. </div>
<br />Boa sorte Ale, e parabéns Darkside!Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-82444897582669466292015-06-22T08:05:00.001-07:002015-06-22T08:11:56.844-07:00A Estranha e Divertida Rotina Vampiresca<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGlqI-DHVNEr7sUNOpq5Y_5_ssqqEO2CGI-DQXTVmb8YZsZ7rVQUNloHlMg_hgXDAG1li_i_k5Y7E1K5Twvfz7t_Il06a5fBjmy8vtx7jufKcpVyV0U1kchfSDqZM9OSOMB-bpx_Ih4Tk/s1600/1087-M-What-We-Do-in-the-Shadows.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGlqI-DHVNEr7sUNOpq5Y_5_ssqqEO2CGI-DQXTVmb8YZsZ7rVQUNloHlMg_hgXDAG1li_i_k5Y7E1K5Twvfz7t_Il06a5fBjmy8vtx7jufKcpVyV0U1kchfSDqZM9OSOMB-bpx_Ih4Tk/s400/1087-M-What-We-Do-in-the-Shadows.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O elenco principal de <i>What We Do in the Shadows</i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
Filmes de
vampiros. Praticamente um gênero (ou sub-gênero) próprio, com suas regras, seus
elementos e uma lista de coisas que precisam ser feitas ou mostradas. De tempos
em tempos voltam à moda. Um elemento novo (ou revitalizado) se destaca que os
mordedores de pescoço voltam a chamar a atenção.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Recentemente,
filmes de vampiros tiveram mais um momento na cíclica roda das atenções do
cinema. Dessa safra, tivemos coisas bem ruins, que merecem muito serem chamados
de “coisas”, tivemos os típicos filmes feitos às pressas, para faturar com a
moda, tivemos alguns que podem ser considerados simplesmente dispensáveis e
esquecíveis e tivemos outros que tinham até boas ideias, mas acabaram não sendo
nada de mais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Mas, como acontece
em todos esses movimentos do cinema, também tivemos filmes incríveis,
memoráveis e espetaculares. Logo de cara lembro o genial <i>Amantes Imortais</i> (<i>Only Lovers
Left Alive,</i> 2013) e de <i>Byzantium</i>
(2012), que ultrapassam alguns limites do gênero (ou subgênero) e, assim como
outros grandes filmes de vampiro, aprimoram e expandem esses limites, nos
lembrando que boas histórias ainda podem contadas e mostradas a respeito da
maldição do sangue e da imortalidade.</span><br />
<br />
Dito isso, é bom salientar que um gênero
(ou um subgênero) nunca pode ser verdadeiramente autêntico quando se leva a
sério demais. Precisa ter um pouco de humor, senão a coisa acaba caindo pro
pretensioso e pro presunçoso, criando uma onda de falsos entendidos no assunto
e na profundidade intrínseca da discussão filosófica sobre – Aaaaaaaaaaaaaah!</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Deu sono
até em mim!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi18_YR5uSSoVI0oWveHGtKVE52PwpXFs54HhwXBXIpgEkglXkIYMRsOy8Dv1ljydj6DSYdksCuTbXGduvtzQ0yyHSvnSKRGpjuo5fva6JjOqVnMpobkgPKbJbh_pJfvxU-hoenSlNesPM/s1600/What-We-Do-in-the-Shadows-+Going-Out.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi18_YR5uSSoVI0oWveHGtKVE52PwpXFs54HhwXBXIpgEkglXkIYMRsOy8Dv1ljydj6DSYdksCuTbXGduvtzQ0yyHSvnSKRGpjuo5fva6JjOqVnMpobkgPKbJbh_pJfvxU-hoenSlNesPM/s320/What-We-Do-in-the-Shadows-+Going-Out.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As dificuldades dos vampiros na balada...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Bom,
seguindo esta linha de raciocínio, eu sentia falta de bons filmes de vampiro
que não se levam muito a sério, que divertem ao mesmo tempo em que abordam o
tema. Sentia um pouco de falta de pérolas como <i>A Dança dos Vampiros</i> (<i>The
Fearless Vampire Killers,</i> 1967), <i>Amor
à Primeira Mordida</i> (<i>Love at First
Bite,</i> 1979) e <i>Garotos Perdidos</i> (<i>Lost Boys,</i> 1987). Divertidos e bem
feitos, com excelentes momentos e boas piadas, que são lembrados até hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">E não é
que, em 2014, saiu um filme que tem tudo para se tornar uma dessas novas
pérolas? E que me foi muito recomendado pelo grande amigo Daniel Lopes, do excelente site <a href="http://pipocaenanquim.com.br/" target="_blank">Pipoca e Nanquim</a> (sobre quadrinhos e filmes), lembrando de mim o tempo todo que o via (acho que isso foi um elogio.. não sei dizer).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">A comédia <i>What We Do in the Shadows</i> (ainda sem nome em
português, mas é algo como “O que fazemos nas sombras”) mostra as filmagens de
uma equipe de documentaristas que receberam a autorização (e proteção) para
acompanhar a rotina de quatro vampiros que vivem na cidade de Wellington
(capital da Nova Zelândia), nos dias atuais.
Com as filmagens, o espectador tem uma visão da comunidade sobrenatural
e das dificuldades dessas criaturas nos tempos modernos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKZOSnbd8YsKiE1LlfMfoMMC5iDtiAigfQ0Ma4K4Rc2syp5EbrD2Z6tQ0d2IK40dGpQRBlwZ_2P-wVdO3Dki_iFVaji0gDv4WDH-HKQiXHkwoKhJMf2cHZ2vp-v4U_gscdFYK81lbvBcc/s1600/What-We-Do-in-the-Shadows_2.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKZOSnbd8YsKiE1LlfMfoMMC5iDtiAigfQ0Ma4K4Rc2syp5EbrD2Z6tQ0d2IK40dGpQRBlwZ_2P-wVdO3Dki_iFVaji0gDv4WDH-HKQiXHkwoKhJMf2cHZ2vp-v4U_gscdFYK81lbvBcc/s400/What-We-Do-in-the-Shadows_2.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Festinha de aniversário<br />
(sim, eles saem em fotos, o problema é com espelhos...)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Em certos momentos, o filme usa a técnica e estilo do <i>found
footage,</i> das filmagens encontradas, as vezes tremidas, sem edição e etc. Normalmente não gosto desse estilo, que incomoda muito,
porque muitos diretores o utilizam como desculpa pra fazer um trabalho
preguiçoso. Mas no caso específico de <i>What
We Do in the Shadows,</i> é bem utilizado e bem dosado (alternado com filmagens
de estilo convencional), servindo para acentuar o insólito de algumas cenas e
situações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">O foco da
história fica nos três vampiros (tem um quarto, mas ele aparece pouco), diferentes
entre si, que brincam com estereótipos clássicos de vampiros, remetendo a
Drácula, Lestat e outros… Boa parte da diversão é justamente ser surpreendido
por essas piadas e menções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhabh4dms5tHE0rcLRnPA6ob9tmv8FuHd7iGBkbSEf2w7WSVrH66qPih2Bp6PjytvG15trnJXwBQYFsVATJPRhWjikD5f0kNGxkuR_IfmbEWidjJhXVzD3YjbepqsbYEEUyMWXTs_WTxs0/s1600/What-We-Do-in-the-Shadows-+Chores.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhabh4dms5tHE0rcLRnPA6ob9tmv8FuHd7iGBkbSEf2w7WSVrH66qPih2Bp6PjytvG15trnJXwBQYFsVATJPRhWjikD5f0kNGxkuR_IfmbEWidjJhXVzD3YjbepqsbYEEUyMWXTs_WTxs0/s320/What-We-Do-in-the-Shadows-+Chores.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Achou que só você odiava lavar louça?</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Os atores
estão absolutamente perfeitos, divertidos e impagáveis em seus papéis,
inventando sotaques e termos “vampíricos”, totalmente à vontade na comédia
descarada. O roteiro tem piadas inteligentes e diálogos ágeis, que os atores sabem
explorar muito bem, com destaque para Jemaine Clement (da série <i>Flight of the Concords</i>) e Jonny Brugh, cujas
atuações estão pra lá de inspiradas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Uma
produção americana e neozelandesa que não tem o orçamento que se esperaria de
um filme de vampiro, mas é bem mais divertida e interessante que muitos filmes
milionários, <i>What We Do in the Shadows</i>
é um daqueles casos onde boas ideias e boas atuações foram reunidas numa
história simples, sem maiores arroubos de criatividade, mas tudo é tão bem
feito, tudo tão bem cuidado e com </span>carisma, que não dá pra deixar de gostar!</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">E é
maravilhoso ver uma comédia que sai do padrão besteirol histérico que parece
ser o único considerado como comédia pelos estúdios hollywoodianos. Esse padrão
besteirol histérico até é engraçado, mas o problema é quando ele é o único que
recebe atenção dos estúdios e da distribuição. Prova disso é que <i>What We Do in the Shadows</i> não foi lançado
nos cinemas brasileiros, e temos esperanças que, pelo menos, saia logo em
DVD/Blu-ray.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwAS1O-re92uBn4u32nQFP1_ydB25Wduu_Ig9MxzYqkHzzLw_Aw1H8DlNwMMxepVdZAX165KDdl8dXULPRtwNAZXZOlk55mRAkpPhIHMJjI3bvzN-0GSOD2Mgm2IR_5zFHYm-ohP9-tLg/s1600/What-We-Do-in-the-Shadows-+Sexy.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwAS1O-re92uBn4u32nQFP1_ydB25Wduu_Ig9MxzYqkHzzLw_Aw1H8DlNwMMxepVdZAX165KDdl8dXULPRtwNAZXZOlk55mRAkpPhIHMJjI3bvzN-0GSOD2Mgm2IR_5zFHYm-ohP9-tLg/s320/What-We-Do-in-the-Shadows-+Sexy.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>"Vhen you becama a wampyre..."</i></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">E para
terminar, uma das frases mais marcantes do filme (favor ler com o sotaque mais
forçado do mundo): “Quando você se torna um vampiro, você se torna sexy”!<o:p></o:p></span></div>
Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-67967595727978905302015-06-11T08:05:00.000-07:002015-06-21T14:55:39.523-07:00O Último Grande Monstro<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Hoje foi
anunciada a morte de Christopher Lee, que aconteceu no dia 7 de junho, devido a
problemas respiratórios e no coração.<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuuKw5S6y_t0dwl-hru9TWXXE5zti12oaifh4fzq9vne45CQH4Oj-9M9CkQoxMI7LTqXQqg05blZ1BioIkqCKVER-eDDTaFRnf4vC-jw1BVxnvQZgRZl6AdtsYiTXgYdtJ4z3GbyxToOY/s1600/Frankenstein.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuuKw5S6y_t0dwl-hru9TWXXE5zti12oaifh4fzq9vne45CQH4Oj-9M9CkQoxMI7LTqXQqg05blZ1BioIkqCKVER-eDDTaFRnf4vC-jw1BVxnvQZgRZl6AdtsYiTXgYdtJ4z3GbyxToOY/s320/Frankenstein.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lee como o Monstro de Frankenstein</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">O lendário
ator, que para muita gente era o Saruman da série O Senhor dos Anéis e o conde
Dookan de Guerra nas Estrelas (na trilogia mais recente), teve uma carreira
cinematográfica imensa, participando de mais de 280 filmes, na maioria deles,
como o vilão da história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Na segunda
metade da década de 50, Lee foi chamado pela Hammer, uma produtora britânica
que queria fazer novas versões dos monstros clássicos do terror que tinham
feito um enorme sucesso no cinema trinta anos antes, nos filmes da Universal, o
grande estúdio cinematográfico de Hollywood.
Para esse “reboot” dos monstros clássicos, a Hammer contratou o jovem e
promissor ator de teatro Christopher Lee, que tinha a altura certa para
interpretar... o monstro de Frankenstein em A Maldição de Frankenstein (The
Curse de Frankenstein, 1957). <o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq-VMfoOYcztbpqu0kYUmtw8fhHfsHtIkZokZX9N5a1O6dlH85mOKVXlVTjSR-6ZD7dONbihWBD_LCsEwiB3p9zxJnidO_qKXdFiV8xBeNfYjOyMuawXC3YrlLH1Rn_1HXX0lKDzzhZF8/s1600/Dracula-A.D-1972.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq-VMfoOYcztbpqu0kYUmtw8fhHfsHtIkZokZX9N5a1O6dlH85mOKVXlVTjSR-6ZD7dONbihWBD_LCsEwiB3p9zxJnidO_qKXdFiV8xBeNfYjOyMuawXC3YrlLH1Rn_1HXX0lKDzzhZF8/s320/Dracula-A.D-1972.jpg" width="194" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Drácula<br />
(nem precisava dizer, né?)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br />No ano
seguinte, Lee faria o papel mais famoso de sua carreira: o Conde Drácula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Sua
interpretação ficaria tão marcada, que por décadas era a mais icônica da
cultura popular. Até hoje, para a maioria, quando se fala “Conde Drácula”, a
imagem que vem a cabeça é a de Christopher Lee nos filmes da Hammer. Lee emprestou
seu rosto e seu olhar aterrador para o conde vampiro em dez filmes (sendo que
inicialmente só queria fazer um), onde a história de Drácula foi contada de
recontada de formas que Bram Stoker jamais imaginou. A fidelidade com o
original nem sempre era a consideração principal dos filmes, mas isso pouco
importava para o público, porque Lee estava lá, e ele era o Drácula, não
importando o roteiro, então o filme era bom!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">O ator que
era o vampiro mais famoso dos anos 1950, 1960 e 1970 também interpretou outros
monstros (além da criação do doutor Frankenstein); foi a múmia Kharis em A
Múmia (The Mummy, 1959), Doutor Jekyll e Senhor Hyde em O Soro Maldito (I,
Monster , 1971), o próprio diabo em Katarsis (1963), o assustador Fu Manchu (em
quatro filmes) e monge louco Rasputin em Rasputin, o Monge Louco (Rasputin, The
Mad Monk, 1966).<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWQ-c4TIKYgcEHb4cg6zbIEdwy42e1VZTVZdKK84HRXwQddYo3JQRrNkuVVxRMZf7U36hBjevAonsTWxrKdBhsOa53UczKo4PxGi4BU0wqx2k_V48qkLVy-48ZnCb0qZQ5I8vH8i9rnqU/s1600/Scaramanga-menor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWQ-c4TIKYgcEHb4cg6zbIEdwy42e1VZTVZdKK84HRXwQddYo3JQRrNkuVVxRMZf7U36hBjevAonsTWxrKdBhsOa53UczKo4PxGi4BU0wqx2k_V48qkLVy-48ZnCb0qZQ5I8vH8i9rnqU/s320/Scaramanga-menor.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Scaramanga, botando medo em James Bond</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">E também
era formidável quando o assunto era vilões mais humanos. Sua atuação como
Scaramanga, o antagonista de James Bond em 007 contra o Homem da Pistola de
Ouro (The Man with a Golden Gun, 1974) o colocou entre os melhores vilões de
007.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">Lee
conseguia passar do aristocrata elegante e refinado para o monstro desumano e
cruel com uma facilidade impressionante. Apesar de ser facilmente reconhecido,
seja pelo seu porte assustador, sua voz grave e profunda ou seu olhar furioso,
cada um de seus vilões era diferente e marcante. Por esse motivo ele consegue
ser lembrado por muitos como Scaramanga, como Conde Dookan e Saruman,
personagens completamente diferentes, mas que agora não conseguimos imaginar
com outro ator.<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8YVqk8aAjyKpwNi7xOPuFhbmgYiGmODfAe4vZhxjoEb0EF0MxAB0_7jN8kVbK_Ue2H7fFOiQzIkiIuHo1eNRxfGIzL54kJ5WiNPRLqFx9VVZLvP6pnkLip_cSj3qF6imnI57FpNwI5Ts/s1600/FuManchu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="123" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8YVqk8aAjyKpwNi7xOPuFhbmgYiGmODfAe4vZhxjoEb0EF0MxAB0_7jN8kVbK_Ue2H7fFOiQzIkiIuHo1eNRxfGIzL54kJ5WiNPRLqFx9VVZLvP6pnkLip_cSj3qF6imnI57FpNwI5Ts/s200/FuManchu.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fu Manchu</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">Mesmo
interpretando monstros, Lee era uma pessoa completamente diferente dos seus
papéis. De família nobre (sua mãe era condessa, o que tornava Lee,
tecnicamente, um conde), teve uma educação completa de um cavaleiro que se preze.
Documentos atestam que ele é um descendente (distante) de Carlos Magno e,
durante a Segunda Guerra Mundial, atuou como agente secreto da Inglaterra,
sendo condecorado várias vezes por serviços prestados à Coroa.<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJX0t65m31TeE-Rvvb1oH0ycrDCpb8ow5uMTlGx7KUK7jfRyDmlxoJyroTsRC0nXtUzmrIby0p3iYNpBw2PxbziLZc9dcCqjXBtee9cQOAejqz-r8nvRJWPG0un1ASHlASaJ_9YCkTghk/s1600/Rasputin-The-Mad-Monk-Hammer-Blu-ray-review.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="120" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJX0t65m31TeE-Rvvb1oH0ycrDCpb8ow5uMTlGx7KUK7jfRyDmlxoJyroTsRC0nXtUzmrIby0p3iYNpBw2PxbziLZc9dcCqjXBtee9cQOAejqz-r8nvRJWPG0un1ASHlASaJ_9YCkTghk/s200/Rasputin-The-Mad-Monk-Hammer-Blu-ray-review.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rasputin</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">O grande
monstro, o conde Drácula do cinema, era também um homem de artes. Adorava
literatura (chegou a conhecer J. R. R. Tolkien pessoalmente), teatro, pintura,
escultura, música e tinha jardinagem como seu hobby preferido. Na música, era
um fã de <i>heavy metal</i> e chegou a
gravar quatro discos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">Nunca parou
de trabalhar. Sempre atuando, sempre engrandecendo filmes (que nem sempre eram
tão bons assim) com sua presença. Olhava e tratava com um carinho enorme seus
fãs, fossem dos filmes de terror antigos, fossem da nova trilogia de Guerra nas
Estrelas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Lee foi um
dos maiores monstros do cinema, mas na vida real foi uma das pessoas mais
incríveis e inesquecíveis que já existiu. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">O mundo
hoje perdeu seu maior vampiro. E todos estão tristes por isso.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPPok1C4IXxXTBj3yHpX-A6EjZUB3GrbHVOqCTWQ1XuyFi-ePQ2VwupkhKqasvR6kemDuAqTC06Rtdmf9RbsG1gVGWEva4m1CTyLouKkXOEbd4gjRCxj5vxcKnPFUJurkeeWURXhiV5sE/s1600/Lee+and+Price.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPPok1C4IXxXTBj3yHpX-A6EjZUB3GrbHVOqCTWQ1XuyFi-ePQ2VwupkhKqasvR6kemDuAqTC06Rtdmf9RbsG1gVGWEva4m1CTyLouKkXOEbd4gjRCxj5vxcKnPFUJurkeeWURXhiV5sE/s400/Lee+and+Price.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lee e Vincent Price, entre filmagens.<br />
Gosto de lembrar dos dois assim.</td></tr>
</tbody></table>
Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-26882681374079289592015-05-25T16:08:00.002-07:002015-05-25T16:14:50.148-07:00Uma Editora do Lado Sombrio<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk8PMgWomqhvEkZVfQnBE3TiViFlP2USHtA3EHO5F-cM6Afk00O-D77gWSZSRssk9DXeFs9OpQsF3TfkLZ5VX1xroynVnLjH4Fwg9XU7jsp4G0yMTAybqGsMgSgeddm6S4be_79PEVTzY/s1600/Darkside+books.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk8PMgWomqhvEkZVfQnBE3TiViFlP2USHtA3EHO5F-cM6Afk00O-D77gWSZSRssk9DXeFs9OpQsF3TfkLZ5VX1xroynVnLjH4Fwg9XU7jsp4G0yMTAybqGsMgSgeddm6S4be_79PEVTzY/s320/Darkside+books.jpg" width="320" /></a><span lang="PT-BR">Este blog é um lugar onde eu gosto de
falar sobre o gênero terror, especialmente em filmes e livros. Basicamente,
sobre os filmes e livros que eu gosto, e assuntos relacionados a eles, aos
atores, diretores e algumas divagações pseudo filosóficas e opinativas sobre o
gênero.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">E, já que a minha linha de publicações é
essa, preciso falar sobre a editora DarkSide. Aliás, estou até meio atrasado. A
Darkside se apresenta como a primeira editora brasileira dedicada inteiramente
ao terror e fantasia. Não sei ao certo se a afirmação é correta, mas uma coisa
eu posso dizer, eles começaram muito bem com as suas primeiras publicações, e
continuam fazendo um trabalho incrível com os títulos que estão publicando.
Livros absolutamente lindos, muito bem cuidados, diagramados, traduzidos,
adaptados e com um acabamento (papel, capa, fotos, detalhes) formidável.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiFF-DUSTksY5gRip5LKuOvLcI5XKWjEcwd84HmT_LwOS3qMt4688SMUI20VWrZvqAiOFLDhF96vjjq0UOBBBX-KLjV1Jo6UWMwyDxQ7CEmwXtkpEOA7bvKpJ5bnfBwGQvQzFdVNEV4jA/s1600/DarkSide%25C2%25AE_Box-Vhs_04.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiFF-DUSTksY5gRip5LKuOvLcI5XKWjEcwd84HmT_LwOS3qMt4688SMUI20VWrZvqAiOFLDhF96vjjq0UOBBBX-KLjV1Jo6UWMwyDxQ7CEmwXtkpEOA7bvKpJ5bnfBwGQvQzFdVNEV4jA/s400/DarkSide%25C2%25AE_Box-Vhs_04.png" width="397" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olha só que caixas bacanudas!</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">Meu primeiro contato com a Darkside foi com
o livro Evil Dead – A Morte do Demônio [Arquivos
Mortos], que conta os bastidores e como foi o nascimento do filme A Morte do
Demônio (Evil Dead, 1981) e suas continuações, escrito por Bill Warren. O livro
é um estudo profundo e muito divertido sobre Sam Raimi, sua formação, seus
amigos, o que o levou a filmar Evil Dead e todos os problemas que teve, como eles
foram resolvidos, curiosidades etc. Imperdível para quem gosta da franquia Evil
Dead. E tudo isso numa edição linda de morrer, lançada em duas versões (<i>classic edition,</i> mais simples e <i>limited edition,</i> em capa dura). Edição
deliciosa de se ler, e com um cuidado que só confirma o carinho anunciado da
editora pelo gênero. Uma publicação de excelente qualidade voltada para os fãs
de terror, o que é uma coisa bem rara.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span lang="PT-BR">Verificando o que mais a Darkside tinha
para oferecer, tive uma mui grata surpresa, porque além do meu (agora adorado)
livro sobre Evil Dead, descobri que eles também tinham publicado um livro
semelhante sobre a franquia de filmes O Massacre da Serra Elétrica (Texas
Chainsaw Massacre), sobre a franquia de Sexta-Feira 13, o livro Os Goonies
(sim, o do filme), biografias de J. R. R. Tolkien, Stephen King, do Black Sabbat
(a banda), a trilogia dos Espinhos de Mark Lawrence, dois livros sobre
serial-killers escrito pela Ilana Casoy, as histórias originais de Tubarão,
Psicose e A Noite dos Mortos-vivos. Isso entre muitos outros lançamentos,
alguns que ainda estão para sair.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6uxCCr-HsRzCNGhzupZitPvRo6vbRWd6DMlMY1ZYIVU_3cXFzijdeFHvD8BViKjdlaLUTvZSLckTFc_pC0TAJrByN7WzTPfjQIeJ6bS8oMVch4LE43Pg8gKAJBNVPo7KTYntx33Ig0f4/s1600/star-wars-3d.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6uxCCr-HsRzCNGhzupZitPvRo6vbRWd6DMlMY1ZYIVU_3cXFzijdeFHvD8BViKjdlaLUTvZSLckTFc_pC0TAJrByN7WzTPfjQIeJ6bS8oMVch4LE43Pg8gKAJBNVPo7KTYntx33Ig0f4/s320/star-wars-3d.png" width="312" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Força também está com eles.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Ou seja, praticamente uma lista de livros
que eu preciso ter! Uma clara dedicação ao gênero do terror e da fantasia, com
um respeito, atenção e cuidado que deve ser aplaudido. Além disso, a Darkside
se esforça em levar ao público livros que estavam fora de catálogos fazia um
bom tempo (como é o caso de Tubarão, de Peter Blenchey, e Psicose, de Robert
Bloch) e novidades que dificilmente teríamos contato. E tem mais, eles investem
em autores nacionais, como é o caso de Ilana Casoy e outros (que vou falar na próxima postagem).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">Uma editora cujo trabalho merece ser
elogiado e prestigiado por qualquer fã de terror que se preze. Uma iniciativa
como esta precisa ser incentivada, pra que cresçam e continuem por muitos anos,
mostrando que o terror e a fantasia são gêneros fortes e que devem ser levados
a sério.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Então, que tal dar uma checada nas
publicações pra lá de sensacionais da editora no site deles (e, é claro,
procurar na livraria mais próxima)? </span><br />
<span lang="PT-BR">O site da editora é este <a href="http://www.darksidebooks.com.br/" target="_blank">aqui</a>.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">P.S.: Não, eu não recebi nada para elogiar
os caras, só gostei bastante dos livros e vou falar mais das
publicações e lançamentos deles nas próximas postagens.</span></div>
Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-38601675914473219262015-03-08T17:38:00.001-07:002015-03-08T17:38:14.896-07:00A NoivaApesar de ser publicada no dia seguinte, esta postagem foi escrita no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher e, como homenagem, ela fala de duas personagens incríveis, uma fictícia e uma real.<br />
<br /><b>A Noiva de Frankenstein</b><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiofOufQll2Zr25VFyNIO_HlYQM7sjXUSdlzDEEHp6GtfGDPX_CvQdtt8WiJEIJo-W3D1ENoNwX0yquKNsSq-GodFhV94KbFgquv-gA3ShLkLlk4GdK2uhhBV3jSToUaOORyTNro0vY2i0/s1600/Bride+and+Doctors.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiofOufQll2Zr25VFyNIO_HlYQM7sjXUSdlzDEEHp6GtfGDPX_CvQdtt8WiJEIJo-W3D1ENoNwX0yquKNsSq-GodFhV94KbFgquv-gA3ShLkLlk4GdK2uhhBV3jSToUaOORyTNro0vY2i0/s1600/Bride+and+Doctors.jpg" height="252" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dr. Frankenstein, a Noiva e o Dr. Pretorius.</td></tr>
</tbody></table>
Seguindo o sucesso de<i> Frankenstein</i> (1931), o diretor James Whale retomou o tema quatro anos depois, criando uma história onde Mary Shelley imagina uma continuação para os feitos do doutor Henry Frankenstein e sua criação, com o insano doutor conhecendo outro médico dedicado a criar vida, e ambos encontram o monstro feito por Henry, que foi dado como morto no final do filme anterior, e - com um certo incentivo - decidem criar uma parceira para ele. Como qualquer filme envolvendo cientistas que desafiam as leis naturais, tudo dá errado no final.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<i>A Noiva de Frankenstein </i>(1935) é considerada por muitos (inclusive por mim) como um dos melhores filmes da safra de Monstros Clássicos dos Estúdios Universal. Não se contentando em fazer uma reles sequência, Whale aumentou tudo o que pode. O Monstro agora fala (e Karloff deixou os olhares ainda mais assustadores que antes) e tem uma compreensão maior do que ele quer e - no final - do que ele é de verdade. As imagens são mais emblemáticas e vários momentos se tornaram momentos inesquecíveis da Sétima Arte. Para cutucar com vara curta a censura da época, Whale coloca no filme diálogos provocantes, imagens que normalmente não podiam estar presentes em filmes de terror e um dos primeiros personagens homossexuais do cinema (lembre, estamos falando de 1935).<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivRBEo2EEo-lYTCH6Wdn4b5qv2K-Nil029zgUVv-bpimkwirXp7f1gGpawJ9B5Q9JpSVUMIh5nl6kcfP7I3kmk58-lvs0u-GliLLd4l76_AZ1UorDdoFcslktPEBXl85GfZVHwjj70oPI/s1600/Elsa+Lanchester+mary+Shelley.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivRBEo2EEo-lYTCH6Wdn4b5qv2K-Nil029zgUVv-bpimkwirXp7f1gGpawJ9B5Q9JpSVUMIh5nl6kcfP7I3kmk58-lvs0u-GliLLd4l76_AZ1UorDdoFcslktPEBXl85GfZVHwjj70oPI/s1600/Elsa+Lanchester+mary+Shelley.jpg" height="200" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Elsa como Mary Shelley</td></tr>
</tbody></table>
Mas, se destacando sobre todas as imensas qualidades do filme está a personagem do título, a mulher criada pelos dois médicos loucos: a Noiva. A única mulher entre os Monstros Clássicos da Universal, a Noiva foi um choque para a audiência da época, que esperando uma outra criação horrenda e deformada do Dr. Victor, ficou surpresa e assustada. A Noiva uma criatura absolutamente linda, com um visual marcante e - ao mesmo tempo - imponente e elegante, que ficou marcado na história do cinema como uma das mais incríveis criações do cinema fantástico de todos os tempos. A interpretação de Elsa Lanchester deu a criatura um ar estranho, quase alienígena, expressões exageradas (mas coerentes) e um grito que certamente ecoou por anos nos ouvidos de todos na plateia.<br />
<br />
A única mulher entre os Monstros Clássicos da Universal, A Noiva foi a estrela do melhor filme do estúdio, e mesmo sem matar ninguém, entrou para história do terror de forma esplêndida.<br />
<br />
<b>Elsa Lanchester</b><br />
<br />
Tão formidável quando a personagem que interpretou, Elsa Lanchester deve ser lembrada por sua vida e carreira. Estudou dança com Isadora Duncan (que ela odiava) e depois passou a se dedicar ao teatro, onde conheceu Charles Laughton, com quem se casou em 1929. Ela trabalhou em vários filmes e peças britânicas e a qualidade de seu trabalho levou Whale a convidá-la para <i>A Noiva de Frankenstein</i>, onde ela fez dois papéis (a escritora Mary Shelley e a Noiva).<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQCkgKi_wnYyzM-ZmlDFfDWTCIFXAE-4ZBxv2szsoQZCzwX-U8ABcGgGTUy7xacSF9YVX5Ij9tz3dc-jFTNx5cT5Tq-gnZzTc31e77NJVZ7tyM5IEh_KJjAmq_8TxEW_evO8KICQ4XvBA/s1600/Elsa+mary+poppins.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQCkgKi_wnYyzM-ZmlDFfDWTCIFXAE-4ZBxv2szsoQZCzwX-U8ABcGgGTUy7xacSF9YVX5Ij9tz3dc-jFTNx5cT5Tq-gnZzTc31e77NJVZ7tyM5IEh_KJjAmq_8TxEW_evO8KICQ4XvBA/s1600/Elsa+mary+poppins.jpg" height="179" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"> Sua participação em Mary Poppins</td></tr>
</tbody></table>
Graças a visibilidade que recebeu em seguida, participou de mais de 40 filmes, incluindo <i>O Fio da Navalha (The Razor's Edge, 1946),</i> <i>O Inspetor Geral (The Inspector General, 1949) </i>e <i>Mary Poppins (1964). </i>Também participou de séries para televisão como <i>I Love</i><i> Lucy,</i> <i>The Man from U.N.C.L.E. </i>e <i>Night Gallery (Galeira do Terror).</i><br />
<br />
<br />
Além de sua carreira, Elsa era uma figura polêmica. Criticando abertamente posturas e atitudes do meio cinematográfico (e de Hollywood em especial), ela era frequentemente ignorada pelos críticos e e "especialista do ramo" da época. Filha de comunistas assumidos e filiados (novamente, lembre que estamos falando de 1935), suas opiniões eram tidas como incômodas e "desagradáveis". Mas nada disso a impediu de ter a vida que queria, como queria. Seu casamento com Charles Laughton era aberto e ambos tinham amantes, com o conhecimento e consentimento um do outro (lembra que eu disse? Estamos falando de 1935). Elsa e Charles permaneceram casados até 1962, quando Laughton morreu. Havia muitos boatos sobre o casal, mas, novamente, eles não impediram que os dois fossem felizes até o final da vida de ambos.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioL1pLTjMQSkIBG0XC2U__YPsJf3CepHt5VBguSluDKXP5q_fLswqQSl0gD-vK-Vs4UmsGOsos36YuwjnpBUmrsdybMKLlMD09Lt7XNoB_g-aFTSmpgAWBqzQUxmK5nt79kQK2Xwxq5_U/s1600/Bride-of-Frankenstein1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioL1pLTjMQSkIBG0XC2U__YPsJf3CepHt5VBguSluDKXP5q_fLswqQSl0gD-vK-Vs4UmsGOsos36YuwjnpBUmrsdybMKLlMD09Lt7XNoB_g-aFTSmpgAWBqzQUxmK5nt79kQK2Xwxq5_U/s1600/Bride-of-Frankenstein1.jpg" height="320" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O olhar perturbador e fascinante da Noiva.</td></tr>
</tbody></table>
Elsa Lanchester era uma mulher pequena (de apenas 1,64 m) e que não tinha a típica beleza que se exigia na época de uma atriz de cinema. Mas ela nem se importou com isso. Usando uma força de personalidade e de atuação ela ignorou os padrões da época e fez o que queria. Ela era uma mulher com um impacto tão grande, que deixou sua marca na história da cinema, mesmo que muita gente não saiba seu nome.<br /><br />Mas que, com um olhar e um grito, conseguiu ser lembrada para sempre.Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-80197662833781413362015-03-01T13:23:00.003-08:002015-03-01T14:33:19.892-08:00Restauração no Gabinete!Bom... não exatamente neste aqui...<br />
<br />
Semana passada a BBC noticiou a exibição de uma nova restauração de <i>Das Cabinet des Dr Caligari </i>(<i>O Gabinete do Dr. Caligari,</i> de 1920). O link para a reportagem (em inglês), está no final desta postagem.<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjrFOLVKwL1yXaDXm8AfOtpI-7XHh3mkj4KAtxOVgNDGAV5AHgipfpCYIhOzMGyELDCGLrOstiP296omVde_d58fKz4PaCh3fEC637hbaAN9f9EZ55rU6ncHCsOU87sgnwBVAwhh2WRQA/s1600/cesare2+-+restaured.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjrFOLVKwL1yXaDXm8AfOtpI-7XHh3mkj4KAtxOVgNDGAV5AHgipfpCYIhOzMGyELDCGLrOstiP296omVde_d58fKz4PaCh3fEC637hbaAN9f9EZ55rU6ncHCsOU87sgnwBVAwhh2WRQA/s1600/cesare2+-+restaured.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Conrad Veidt, interpretando o sonâmbulo Cesare</td></tr>
</tbody></table>
<br />
A restauração foi feita a partir dos negativos do filme, e foi tomado todo um cuidado especial para que o resultado final fosse o mais próximo possível do que as plateias de 1920 viram no cinema. Além de uma qualidade maior da imagem, que permite ver melhor detalhes de cenário e vestuário e das interpretações dos atores (o que por si só já valeria a pena), podemos agora ver que esse filme mudo tem.. cores!<br />
<br />
Apesar de ser um filme em preto e branco, o <i>Gabinete </i>era mostrado com partes de sua narrativa com tons de cores, vermelho, azul, amarelo e outras, para dar mais peso à emoção que queria se passar para o espectador. Deste jeito, é possível ver o filme de uma maneira completamente diferente, como é mostrado em comparações e imagens na reportagem da BBC.<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXLSinY-qKhA5n0sMZc-ecrcw1DhzrrsjL0EPfFtPkIGZO_3LMX7olDYrsCUBS-JhDvZi5SbHq7Rec4H9TK4d9nUOVq2pMMwWx9eua4s_RC6AMQLcVdi1518jV-4Hxkfds57kahvFll-g/s1600/cabinet+cenary+3+restau.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXLSinY-qKhA5n0sMZc-ecrcw1DhzrrsjL0EPfFtPkIGZO_3LMX7olDYrsCUBS-JhDvZi5SbHq7Rec4H9TK4d9nUOVq2pMMwWx9eua4s_RC6AMQLcVdi1518jV-4Hxkfds57kahvFll-g/s1600/cabinet+cenary+3+restau.jpg" height="225" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cena da versão restaurada de <i>O Gabinete do Dr. Caligari</i>.</td></tr>
</tbody></table>
<i></i><br />
<i></i>
<i>O Gabinete do Dr. Caligari </i>é um dos filmes mudos mais influentes da história do cinema, considerado por muitos como o primeiro verdadeiro filme de terror (ou suspense), e um dos maiores expoentes do Expressionismo Alemão. Muitos recursos e elementos que são comuns hoje em filmes (ou séries) de suspense, terror e crime, apareceram pela primeira vez no cinema em <i>O Gabinete, </i>sendo que um dos mais marcantes foi a reviravolta do final (o chamado <i>plot twist</i>), aquela que deixa a audiência de queixo caído.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigW1X7P17_ffRrF4SYCGfzAH4_wG-hVoaVFb__jNi4qpl6n1KeTQb2WBTmFQK6s0razlEu3fXDF8_ezOxgfOwtAjSIUrpxErxOc5BPfqtmF-YQamdzrgEF8U8k4ie0thgV5lKOwuY3yAo/s1600/cabinet+cenary+2+restau.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigW1X7P17_ffRrF4SYCGfzAH4_wG-hVoaVFb__jNi4qpl6n1KeTQb2WBTmFQK6s0razlEu3fXDF8_ezOxgfOwtAjSIUrpxErxOc5BPfqtmF-YQamdzrgEF8U8k4ie0thgV5lKOwuY3yAo/s1600/cabinet+cenary+2+restau.jpg" height="238" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cores assustadoras num filme preto e branco.</td></tr>
</tbody></table>
É simplesmente fantástico que hoje se consiga ver essa obra incrível da mesma forma que ela foi exibida em 1920. É um pedaço da história do cinema (e dos filmes de terror) que está sendo recuperado e preservado.<br />
<br />
Uma excelente notícia para os fãs de cinema e de filmes de terror, e uma boa forma de retomar as publicações neste blog.<br />
<br />
Confira aqui a <a href="http://www.bbc.com/culture/story/20140213-new-look-for-silent-classic" target="_blank">Restauração de Das Cabinet des Dr. Caligari</a> .Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-27402713665374746762013-08-01T16:46:00.000-07:002013-08-01T17:15:54.105-07:00Uma Situação Crítica<br />
<h2>
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Na minha postagem mais recente (que
agora já não é tão recente assim), eu compartilhei um artigo de Vincent Price
reclamando do tratamento da crítica para os filmes de terror. Um artigo
publicado em 1963, no qual o Rei do </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">Grand
Guignol</i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> fazia considerações pouco lisonjeiras aos ditos críticos de cinema
da época, que</span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">deveriam começar a levar a
sério o gênero do terror.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Price era famoso por ser um perfeito
cavalheiro (além de suas atuações divertidas), um parâmetro de boa educação e </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">finesse.</i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> Era realmente muito raro
encontrar momentos onde ele perdia a sua compostura e demonstrasse qualquer
sinal de impaciência. Mas, no texto que publiquei, nota-se a insatisfação do
ator com a crítica (dita) especializada em cinema.</span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Outra
coisa que pode-se notar é a impaciência dele com a exaltação dos críticos do </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">“method acting” </i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">e os chamados</span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">“method
drama”.</i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> Este era um sistema de atuação que estava com algum destaque na
época, muito influenciado por técnicas e sistemas de atuação de Constantin
Stanislavski e Lee Strasberg, onde o ator utiliza um processo de imersão para
criar personagens mais realistas. Price era um ator clássico, com raízes
shakespearianas, e com um imenso orgulho do seu estilo histriônico, totalmente
adequado a grande maioria dos filmes de terror que fazia e era evidente que
seria bem contrário ao </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">method acting.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Não que o sistema seja ruim (muito pelo contrário!), mas a questão aqui não é
qual estilo de atuação é melhor que o outro ou nada disso. A questão é a
preferência de um em detrimento do outro, e quais critérios usados pra isso,
por profissionais que (idealmente) não deveriam ter uma preferência pessoal ao
exercerem a função que escolheram como seu trabalho, sua profissão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP4EnOq668AvP2bYXsRiig8CLIwYBA6LKGqHv0Ll867vLVFyMT689aRGhBNXvn6Mj8XtkVhrnTyJkRl-r6LLrF6bA-Y8krd_4D7wrbTsAq1PioFVbX4MyPkGOVEuyF5P8QU7MlebG4hcE/s1600/Theater+of+Blood+-+vinnie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP4EnOq668AvP2bYXsRiig8CLIwYBA6LKGqHv0Ll867vLVFyMT689aRGhBNXvn6Mj8XtkVhrnTyJkRl-r6LLrF6bA-Y8krd_4D7wrbTsAq1PioFVbX4MyPkGOVEuyF5P8QU7MlebG4hcE/s400/Theater+of+Blood+-+vinnie.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olha só como os críticos deixaram o Tio Vinnie...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">E o que me deixou relativamente
impressionado, é ver que isso acontecia em 1963… e que continua acontecendo
hoje, cinquenta anos depois!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Um crítico de cinema deveria ser uma
pessoa preparada para avaliar um filme da maneira mais completa possível, para
emitir uma análise especializada, embasada, com argumentos e elementos
técnicos, que deveria servir de orientação para uma pessoa interessada em saber
se o filme vale a pena, ou que quer apenas saber mais a respeito do que vai ver
no cinema.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Claro que isso é a teoria. E claro
também eu estou me baseando pelo que seria a coisa ideal. Existem cursos de
faculdades dedicados especificamente para a crítica de arte, cursos que ensinam
como se compreender e analisar arte. Por diversos motivos que levariam o tempo
de um… curso de faculdade para explicar, o cinema também entra na categoria da
arte, principalmente no que diz respeito a crítica. Ou melhor, deveria entrar
(notou que eu estou falando várias vezes “deveria”, né? É de propósito).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5YsWqDZj4wo_cxcWcvxqa69xOrsduQxzj_VSg-CQVpusCXcQzD8abXk0Yo7P2GgRVL9iTdvRTpp3APCiJ5gk9DKKUNq3hc3Og3msjbIjOH9MzmeevBo4xznQ00ftOml-RijJjBMRn31A/s1600/tubarao-+cartaz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5YsWqDZj4wo_cxcWcvxqa69xOrsduQxzj_VSg-CQVpusCXcQzD8abXk0Yo7P2GgRVL9iTdvRTpp3APCiJ5gk9DKKUNq3hc3Og3msjbIjOH9MzmeevBo4xznQ00ftOml-RijJjBMRn31A/s320/tubarao-+cartaz.jpg" width="223" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Este aqui foi considerado um filme menor...<br />mas só quando Steven Spielberg não <br />era famoso e influente em Hollywood.<br />Hoje a crítica considera um clássico.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Mas, uma das coisas que me irrita
bastante quando vejo uma crítica de cinema, é a falta de embasamento para se
analisar um filme. Os críticos mais famosos, conhecidos e badalados, raramente
fundamentam suas opiniões nos elementos essenciais e necessários de uma
crítica, aqueles que deveriam ter aprendido em uma faculdade, ou pelo menos, se
interessado em conhecer, aprendendo de alguma outra forma. A grande parte da
crítica é baseada simplesmente no gosto pessoal de quem escreve ou, nos casos
mais vergonhosos, copiando outras críticas de nomes mais conhecidos da área,
seguindo a moda de elogiar ou detestar determinados filmes do momento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Aí, me vem aquele leitor e me diz “mas
Saladino, qual o problema do cara escrever a opinião dele?”, e eu digo que não
tem problema nenhum. Quando a pessoa faz isso deixando claro que é o gosto
pessoal dele, uma opinião, é algo totalmente diferente de dizer
profissionalmente que o filme é bom ou ruim. Note que a palavra-chave aqui é
“profissionalmente”. Qualquer um pode dar sua opinião, mas o crítico assumiu o
papel de profissional da opinião (um termo bem contraditório, se pararmos pra
pensar), abraçando os seus louros. Mas, deveria então, conhecer pelo menos as
responsabilidades que também acompanham esse título.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Raramente eu vejo um crítico entender a
proposta do filme, avaliar as referências utilizadas, o estilo em questão, os
elementos essenciais do gênero e se a execução do filme cumpriu o seu propósito
e sua intenção.</span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Eu vejo isso, mas nos
filmes do gênero que o crítico gosta (e faz questão de anunciar publicamente
isso), mas não em outros. Sendo bem claro, gêneros como terror, comédia e
ficção, são sempre deixados de lado, considerados indignos da grande crítica.
Afinal, pra esses críticos, esses gêneros parecem não ser cinema. Se o cara é
crítico de cinema, deveria entender e analisar todos os gêneros, ou então dizer
que é crítico de cinema de drama, de arte etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Já presenciei um crítico dizer que
achou um filme fraco porque tinha o estilo “muito videogame”, mas o filme em
questão era justamente a adaptação do jogo </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">Silent
Hill</i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> (que, para quem não sabe </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">É</i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">
um jogo de videogame) para o cinema! Essa pessoa não se deu ao trabalho de
pensar por alguns segundos que o longa deveria ter a mesma estética do jogo?
Que deveria remeter ao jogo que o originou? Que era exatamente essa a proposta?
Resultado: uma crítica feita com base em gosto pessoal, que não leva em
consideração justamente o público para qual o filme foi feito!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Cinquenta anos se passaram e ainda
temos muitos, mas muitos problemas quando paramos pra ler as críticas de cinema
e com toda a mística que existe ao redor da figura do crítico de cinema.
Grandes nomes chegam a ter a cara de pau de mudar sua avaliação, dependendo da
mídia (ou canal) onde estão falando e do momento. Por exemplo: um certo crítico
famoso, durante os primeiros dias de exibição de </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel</i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> fez comentários mornos e
cinzentos a respeito do filme, dizendo que era uma aposta ousada e não falando
absolutamente nada positivo sobre a obra. Três anos depois, quando a franquia O
Senhor dos Anéis já tinha se provado como um sucesso histórico e </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei</i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">
concorria a ONZE Oscars, o mesmo</span><span style="color: maroon; font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">crítico,
durante a entrega dos prêmios, afirmou que sempre tinha torcido pela trilogia,
pelo trabalho do diretor, que acompanhava a carreira dele e que todos os Oscars que ganhou era um reconhecimento merecido.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoCuUEIDbPAzKwiRRWoK4KWhEl97S688pStr3wr1016alFNCvXrcvj8RYGbB64E2mlM57Cd4LZJ_Kq74Qyh7hXVSggPc2v74IYNHpPuU7jMPfWzuw1Af-tjW57E2UKMcHfyZJZgsQoSrM/s1600/Aragorn-screencaps-viggo-mortensen.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoCuUEIDbPAzKwiRRWoK4KWhEl97S688pStr3wr1016alFNCvXrcvj8RYGbB64E2mlM57Cd4LZJ_Kq74Qyh7hXVSggPc2v74IYNHpPuU7jMPfWzuw1Af-tjW57E2UKMcHfyZJZgsQoSrM/s400/Aragorn-screencaps-viggo-mortensen.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Quer dizer que a minha atuação só ficou boa no terceiro filme?"</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span lang="PT-BR" style="font-weight: normal; line-height: 115%;"><span style="font-size: small;">Como assim???</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Para quem fica revoltado com os
pseudocríticos que infestam a mídia (impressas, visuais , virtuais etc.) por
aí, vale lembrar que esse problema não é de hoje, e que já chegou a acabar com
a paciência de gente com Vincent Price. Crítica que, no lançamento, trucidou
diversos filmes (como </span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;">Psicose, Planeta
dos Macacos </i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">e</span><i style="font-size: medium; font-weight: normal; line-height: 115%;"> Veludo Azul)</i><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> que
ela mesma depois reconheceria tempos depois como grandes clássicos
importantíssimos na história da Sétima Arte.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Então, sobra para nós algumas</span><span style="color: maroon; font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">atitudes a se tomar. Dar para a crítica (dita)
especializada a devida atenção, ou seja, a mesma dada a qualquer pessoa que
opina sobre um filme, considerando seus gostos, preferências e etc., tirando-a
do pedestal de “grande especialista em cinema”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Podemos também ignorá-la completamente
e conferir os filmes nós mesmos, formando a nossa opinião, comentando e
discutindo nossas sensações a respeito, fazendo isso com os amigos, em
reuniões, conversas, páginas na internet, redes sociais etc. Tudo isso com
educação, claro, lembrando que são gostos diferentes, opiniões diferentes que
merecem alguma consideração e reflexão (coisa que muito crítico não faz).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span><br /><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">Afinal, não é coincidência que
“crítico” seja uma palavra com um significado não muito positivo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsI6HTrMuxWlFkQI3VjQ__aUBJNxCslXRIQoS0zNHYeikNEzbthiQwbm_rvDh1PZew59rJzAzTYAsAAh5_LecjThhh7ydjYNTh00XOMxtNbq-yFBOd3sSSqTnURvGMfIb-NmfNzS3MWPQ/s1600/Hitchcock-Psycho.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsI6HTrMuxWlFkQI3VjQ__aUBJNxCslXRIQoS0zNHYeikNEzbthiQwbm_rvDh1PZew59rJzAzTYAsAAh5_LecjThhh7ydjYNTh00XOMxtNbq-yFBOd3sSSqTnURvGMfIb-NmfNzS3MWPQ/s320/Hitchcock-Psycho.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olha outro que sofreu <br />nas mãos dos críticos...</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">P.S.: Antes que alguém me…
critique,</span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: small; font-weight: normal; line-height: 115%;">eu escrevi este artigo como
uma reclamação/desabafo dos pseudocríticos que fazem um grande esforço para se
mostrar como seres superiores que entendem cinema de uma forma diferente que
nós, reles mortais. E sim, eu sei que existem uns poucos críticos de cinema que
são excelentes e não fazem isso. Este artigo não é pra eles.</span></div>
</span></h2>
Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-25552811845459252852013-03-28T04:07:00.001-07:002013-03-28T04:07:24.789-07:00Defendendo os Filmes de Terror<br />
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="MsoNormal">
Esta imagem foi publicada em dois excelentes tumblrs que eu sigo, o <a href="http://beautyandterrordance.tumblr.com/" target="_blank">Where Beauty & Terror Dance</a> e o <a href="http://greggorysshocktheater.tumblr.com/" target="_blank">GreGGory’s SHOCK! THEATER</a> Aliás, ambos recomendadíssimos, assim como o <a href="http://arcaneimages.tumblr.com/" target="_blank"><i>tumblr</i> </a>do roteirista Steve Niles, o responsável pelo assustador <i>30 Dias de Noite</i> (os quadrinhos que deram origem ao filme de mesmo nome, igualmente assustador). O site dele foi indicado como tendo publicado também a imagem abaixo, mas eu não encontrei.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A imagem é, na verdade, um artigo publicado em 1963 (não sei ao certo em qual revista), onde Vincent Price defende os filmes de terror.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Pra facilitar a vida de tudo mundo, eu coloquei uma tradução
aproximada do texto logo abaixo da imagem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Hmmm... tem muita coisa a se falar sobre esse artigo, e algum contexto a se deixar claro, então
vou guardar pra comentar na próxima postagem (já que a tradução ficou bem
grandinha).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2YkXzh5T6NeVZBbIaN8mSAsbbRMfes8VCDCfmpih0nYHE5tojthK0BjWNmxwpZa4o_cCpUjx7sH756dGFySq_FqyW7ofxDLejxtOd4d3h26p414BMftxZoGNSeTgTpq3Bvuyp9KJXbd8/s1600/In+Defense+of+Horror+Films.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2YkXzh5T6NeVZBbIaN8mSAsbbRMfes8VCDCfmpih0nYHE5tojthK0BjWNmxwpZa4o_cCpUjx7sH756dGFySq_FqyW7ofxDLejxtOd4d3h26p414BMftxZoGNSeTgTpq3Bvuyp9KJXbd8/s640/In+Defense+of+Horror+Films.jpg" width="480" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tradução (meio que aproximada e adaptada)</div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p><i>Vincent Price deixa de
lado a maquiagem de Hollywood para discutir os filmes de terror.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="MsoNormal">
<b>Em Defesa dos Filmes
de Terror<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
por Vincent Price<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já é hora de os críticos de filmes de cinema começarem a
levar a sério os chamados filmes de “terror” ou “horror”, ou seja, os legítimos
filmes desse gênero baseados em clássicos reconhecidos ou histórias originais
de nossos principais escritores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Duas coisas já foram estabelecidas sobre esses excitantes
produtos da indústria cinematográfica: o público e o os profissionais atuando
neles os levam a sério e se divertem com eles. Grandes produtoras de filmes,
como a American-International Pictures, confirmam que a maioria do público apoia
tais filmes, como <i>Mansão do Terror</i> (<i>The Pit and the Pendulum</i>, 1961), <i>Obsessão Macabra</i> (<i>Premature Burial,</i> 1962) e <i>Muralhas
do Pavor</i> (<i>Tales of Terror,</i> 1962),
todos baseados em obras clássicas de Edgar Allan Poe.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Por mim, e falo por uma maioria de atores sérios, esses
filmes de Poe são divertidos de se fazer e são uma grande fonte de satisfação
para mim como ator. Eles representam um grande desafio dramático para mim que
filmes comuns, com sua realidade “superficial”, não conseguem oferecer.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O verdadeiro desafio para qualquer ator digno da sua
profissão é a oportunidade de retratar de maneira convincente a <i>“inrealidade”.</i> Afinal de contas, esta não é a premissa
original de atuar, a <i>raison d’etre</i>,
ou razão de ser, do ator, a arte do faz de conta?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Um caso perfeito é o meu filme mais recente, <i>O Corvo</i> (<i>The Raven,</i> 1963), baseado no excelente poema de terror de Poe. Eu
ainda tive o privilégio adicional de trabalhar neste filme com dois dos
melhores atores de Hollywood; Peter Lorre e Boris Karloff, e tenho certeza de que
eles também apreciaram o desafio de tornar Edgar Allan Poe crível tanto quanto
eu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Diferente de outros filmes para o cinema, os filmes de
terror ou horror oferecem para os atores sérios a oportunidade única de
exercitar seu ofício e testar criticamente sua habilidade de tornar o
inacreditável crível.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu também acredito que filmes como <i>O Corvo</i> são importantes para a cultura americana em tempos em que o
“método de atuação”, e as histórias sórdidas que o acompanham, é considerado um
reflexo verdadeiro da vida americana. Na
verdade, esses “dramas do método” representam apenas uma pequena parcela de
nosso meio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É nessa época que a qualidade de contos de fada dos escritos
de Poe fornece uma válvula de escape divertida, saudável e muito necessária
para o público americano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que aqueles que condenam os filmes de terror e suspense
lembrem também que, assim como os faroestes, esse tipo de diversão foi
responsável pelo sucesso da nossa grandiosa indústria cinematográfica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Por mim, eu prefiro levar os jovens a ver um filme de Edgar
Allan Poe a qualquer momento do que sujeitá-los aos amores e perversões dos
nauseantes habitantes das sarjetas e dos rincões da América. E acredito que a
maioria dos americanos decentes também pensa da mesma forma a respeito de
divertimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Que tenhamos mais histórias criativas de terror produzidas
com nossas grandes mentes e talentos, e menos épicos de decadência corruptores,
que apenas consomem nosso tempo.<o:p></o:p></div>
</div>
Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-20637789526385740402012-09-11T17:16:00.000-07:002012-09-11T17:36:34.212-07:00Sobre Médicos, Monstros e Personalidades Difíceis<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">O livro <i>O
Médico o Monstro</i> (cujo título original é muito mais legal: <i>The Strange Case of Doctor Jekyll and Mister
Hyde,</i> que seria mais ou menos <i>O
Estranho Caso de Doutor Jekyll e Senhor Hyde</i>), de Robert Louis Stevenson, é indiscutivelmente um
grande clássico da literatura, e uma das bases do gênero fantástico (ou terror,
dependendo de algumas considerações). A obra foi adaptada para dezenas de
versões no teatro e para o cinema também, gerando espetáculos fantásticos,
verdadeiros desfiles de grandes atuações.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLnEZdsWmIXb5YV_f8D-hbrv51bdHD8v1_7sndc85C28vXFe2N8eZXOY2HFI5v1qVU9yLHNxDNAFO9eR5GUryPy8RSSVoXGxXULnEsVYUsxxrDtsbq910WP88VUKckmrnxhkeeE04P5CQ/s1600/tumblr_m1pq0rSIyl1qex560o1_1280.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLnEZdsWmIXb5YV_f8D-hbrv51bdHD8v1_7sndc85C28vXFe2N8eZXOY2HFI5v1qVU9yLHNxDNAFO9eR5GUryPy8RSSVoXGxXULnEsVYUsxxrDtsbq910WP88VUKckmrnxhkeeE04P5CQ/s200/tumblr_m1pq0rSIyl1qex560o1_1280.jpg" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Olha o vovô da Drew Barrymore<br />
como o bom doutor no filme de 1920</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Confesso que, entre as histórias dos monstros considerados com clássicos, essa nunca foi uma das minhas favoritas.</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Concordo que os grandes atores que
encarnaram o personagem, desde o lendário John Barrymore (eu sei que tiveram outros
antes dele, mas eu gosto de lembrar dele como o primeiro a ser lembrado, oras),
passando por Frederich March (ator do clássico de 1931, que ficou mais icônico)
até Spencer Tracy, Michael Caine e Jack Palance. Até mesmo Boris Karloff já
interpretou o médico de duas personalidades, na comédia Abbott e Costello
encontram Dr. Jekill e Mr. Hyde (de 1953).
São performances inesquecíveis e marcantes, e não tem como falar mal do
talento dos atores citados (talvez do Jack Palance...), mas o problema, pra
mim, nunca foram os atores, mas a história.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifUlFHGX69MINZzmh25K393jzElqIcI_dZJPaP66DMVSN8knLMlKVf4HmnEf_VxD2PiycIBG5jAKzBn0Gth8z3y-OQqhY51JB4cSNYv7EWkqiO9yLzF2WkVPLwpiSHu9YJWo_zEiDz05Q/s1600/Annex+-+Karloff%252C+Boris+%2528Abbott+and+Costello+Meet+Dr.+Jekyll+and+Mr.+Hyde%2529_02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifUlFHGX69MINZzmh25K393jzElqIcI_dZJPaP66DMVSN8knLMlKVf4HmnEf_VxD2PiycIBG5jAKzBn0Gth8z3y-OQqhY51JB4cSNYv7EWkqiO9yLzF2WkVPLwpiSHu9YJWo_zEiDz05Q/s200/Annex+-+Karloff%252C+Boris+%2528Abbott+and+Costello+Meet+Dr.+Jekyll+and+Mr.+Hyde%2529_02.jpg" width="158" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Karloff, assustando Abbott e <br />
Costello como dr. Jekill.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">E</span>u, mesmo quando era bem mais jovem, não
conseguia “comprar” a história de um médico que tinha feito uma fórmula que
eliminasse o seu lado mau, como se fosse uma doença ou uma toxina. Ora, ser bom
ou mau depende de escolhas feitas pela pessoa, e os próprios conceitos de “bom”
ou “mau” variam muito, de acordo com a pessoa, cultura, tempo, educação etc. E
também não via o Mister Hyde suficientemente maligno para ser a encarnação de
toda a maldade do Doutor Jekyll. A história me soava falsa, meio exagerada. Se
eu dissesse o enredo básico para um editor, ele jamais aceitaria publicá-la.</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Então, se eu não gosto, por que raios estou
enrolando tanto pra explicar isso? Simples, porque mesmo eu não gostando da
história original, acabei colocando entre as minhas séries favoritas dos
últimos tempos justamente uma versão do famoso caso estranho do doutor Jekyll e
Mr. Hyde. Pois é, eu percebo a ironia de tudo isso…</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Acidentalmente, vi passando na TV a cabo
(no Multishow, se não me engano) um episódio de <i>Jekyll,</i> minissérie em seis episódios que trazia a história do pobre
doutor bonzinho e seu alter ego malvado para os dias atuais. Ou pelo menos
atual na época, já que a série é de 2007.
E, pra variar, a série era uma produção da BBC.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Em <i>Jekyll,</i>
um preocupado doutor Tom Jackman contrata uma enfermeira para vigiá-lo durante
uns certos períodos de tempo em que ele... não é bem ele. Intrigada, a
enfermeira começa a perceber que não é um caso de múltiplas personalidades, mas
um problema mais estranho. Jackman se transforma em outra pessoa, não apenas
psicologicamente, mas também fisicamente, demonstrando habilidades
extraordinárias e impressionantes. Esse <i>alter
ego</i> tem uma personalidade própria e complicada, oras sendo ameaçador,
perigoso e selvagem para em seguida ser protetor, incrivelmente astuto e
articulado. Comentando a semelhança do caso com o mostrado no livro de
Stevenson, essa personalidade acaba adotando o nome de “Hyde”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGDb-UAnDagcV1noBmL2J8nxUp-IPKSSK_0tMaE2a_dG18WNck3nUas_yYkzwFnXeUiBRfMjwB61s7ksuNv3HlILSC4L62M3bPs4GHmyr1gcMdqj7hqRtaICeXg8Yvt4eBBy1c1uVvTco/s1600/tumblr_m45fxhaVVi1qavlrco1_500.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="176" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGDb-UAnDagcV1noBmL2J8nxUp-IPKSSK_0tMaE2a_dG18WNck3nUas_yYkzwFnXeUiBRfMjwB61s7ksuNv3HlILSC4L62M3bPs4GHmyr1gcMdqj7hqRtaICeXg8Yvt4eBBy1c1uVvTco/s320/tumblr_m45fxhaVVi1qavlrco1_500.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Não parece um cara legal?</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Daí pra frente, a trama se complica,
envolvendo certas reviravoltas bem interessantes e curiosas, mas o grande
destaque mesmo é a forma como é mostrada a diferença entre Jekyll, quer dizer,
Jackman, e Hyde. Interpretados pelo mesmo ator (o irlandês James Nesbitt, pouco
conhecido por aqui, lembrado talvez por sua participação em <i>A Fortuna de Ned)</i> os dois personagens
são totalmente diferentes, e mesmo em uma cena passada numa sala escura,
pode-se notar que não é mais o bom doutor que está ali, mas um Hyde
tremendamente furioso. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Nesbitt não muda apenas sua voz ou
despenteia o cabelo, mas parece aumentar o seu porte físico! Ele anda de forma
diferente, usa linguagem corporal distinta para cada personalidade… até mesmo o
olhar pra câmera é outro. Uma interpretação fantástica, que rendeu inúmeros
elogios e indicações de prêmios para Nesbitt e para a série. </span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyFlwyUosB6eqy73YJu0TMLwYuV80fBp-3w22ELNdq2YO5EENDrAqFUY4K1NJp3HFXqKDZN_6spB_P5Icv5_PLiDR04dRUp26OhV4mSBX69hGlxJgCsL5Lhc2jhYkkGnOoTmXVfJU_cMo/s1600/tumblr_m45enyGuBZ1qavlrco1_500.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyFlwyUosB6eqy73YJu0TMLwYuV80fBp-3w22ELNdq2YO5EENDrAqFUY4K1NJp3HFXqKDZN_6spB_P5Icv5_PLiDR04dRUp26OhV4mSBX69hGlxJgCsL5Lhc2jhYkkGnOoTmXVfJU_cMo/s320/tumblr_m45enyGuBZ1qavlrco1_500.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">É só não deixá-lo irritado. Você não vai gostar<br />
de vê-lo irritado...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Além disso, a simples noção de “um soro
para separar o lado bom do lado mau da pessoa” foi aprimorada no genial roteiro
(mais um trabalho magistral do genial Steven Moffat, que tem o meu respeito,
com uma única exceção), que atualizou a história, colocou o(s) personagem(ns)
em situações novas e mesmo assim manteve o clima de suspense meio sobrenatural
e meio policial da história, com elementos dois gêneros, colocando mais alguns.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Apesar de se chamar <i>Jekyll,</i> o astro da série é, sem a menor sombra de dúvida, o “novo”
Mr. Hyde. Um personagem complexo e simples ao mesmo tempo, ele não é exatamente
maligno. Ele não é “mau porque é mau” ou porque “é desse jeito e acabou”, ele
tem motivações e vontades diferentes do que está acostumado a encontrar em
pessoas... normais, ele não tem travas morais ou questionamentos sociais, o que
somado a um conjunto de habilidades físicas extraordinárias, o torna um ser
muito, muito perigoso. Mesmo assim, você fica morrendo de vontade para ver o
que ele vai fazer em certas situações, quase que torcendo pra ele (hmm... quase
nada, fica é mesmo torcendo pra ele). E duvido que alguém não torça pro Hyde
depois da cena no zoológico.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXq7Ft9I0NW9-o3LWFUaUkMhvqcuENbE1eyqXnbIX7h4o7_JPe_mOAXg193YuCB8xEdxQqS2RWiMIGGXf1TYsfggFKFLFv3tlK6dDODPUzfdeeVO70QFsPuggIE3_dJnXMHS1wNbLgEwE/s1600/3D_Jekyll-alta.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXq7Ft9I0NW9-o3LWFUaUkMhvqcuENbE1eyqXnbIX7h4o7_JPe_mOAXg193YuCB8xEdxQqS2RWiMIGGXf1TYsfggFKFLFv3tlK6dDODPUzfdeeVO70QFsPuggIE3_dJnXMHS1wNbLgEwE/s320/3D_Jekyll-alta.jpg" width="299" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O box nacional com a série completa.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Mais uma vez, é uma série britânica genial
que passou meio que batida por aqui, sendo exibida com muito pouco destaque, e
ainda assim, num canal de TV a cabo. Como não tinha nenhum ator famoso, de
filmes famosos, dificilmente chamaria a atenção das emissoras e das
distribuidoras de filmes.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Animado com o sucesso de <i>Sherlock,</i> <i>Life on Mars</i> e <i>Doctor Who,</i>
todos lançados pela distribuidora Log On, eu estava prestes a escrever pra
eles, sugerir <i>Jekyll</i> como próximo
lançamento, tentar fazer uma campanhazinha pela série, ou algo assim. E qual
não foi a minha surpresa, ao entrar na página da Log On para mandar uma
mensagem, de encontrar o anúncio (com direito a <i>trailer</i>, dá uma olhada <a href="http://www.logon.com.br/player/?id=1655" target="_blank">aqui</a> ó)...
do lançamento do box de <i>Jekyll!<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Isso mesmo, <i>Jekyll</i> está a venda nas lojas brasileiras, em um box com os seis
episódios, a série completa! Depois de tudo que eu escrevi, nem precisa dizer
que é pra lá de recomendada, né? (puxa, do jeito que eu fico elogiando as
séries britânicas aqui, vão pensar que eu só estou aqui pra fazer <a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8492708107092225080" name="_GoBack"></a>propaganda pra Log On...)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Uma versão tão bacana, tão legal e com
atuações tão espetaculares que conseguiu mudar retroativamente minha opinião
sobre a obra original! Mesmo com a desculpinha do soro, a proposta até que é
interessante e pode render excelentes histórias. E sem esquecer que foi esse
livro que inspirou Stan Lee a criar o Incrível Hulk.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR6AU7-uDpnctJrVbbTnsiHJAFbtTD9FMutSAFZzgzcT2O5nZwrERs0Yk9WnTqlLHDPo8gI-eQhGT6GkF6-BxV4_ZRFtIKzWqrK_Ipr-_7yx8mVrQS9Mt3M4SIMj_tqFxWs_ftqT9-8xs/s1600/6_12_281_img0769A.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR6AU7-uDpnctJrVbbTnsiHJAFbtTD9FMutSAFZzgzcT2O5nZwrERs0Yk9WnTqlLHDPo8gI-eQhGT6GkF6-BxV4_ZRFtIKzWqrK_Ipr-_7yx8mVrQS9Mt3M4SIMj_tqFxWs_ftqT9-8xs/s200/6_12_281_img0769A.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Não parece que ele vai dizer <br />
"Acredite, se Quiser"?</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Agora, só me falta juntar coragem para conseguir assistir (sem
rir) a versão com o Jack Palance.</span></div>
Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-59913064693550586132012-07-31T17:08:00.000-07:002012-07-31T17:10:15.138-07:00Dois Homens Horríveis...Ou nem tanto...<br />
<br />
Essa pérola eu precisava colocar no Gabinete de qualquer jeito!<br />
<br />
Enviado para mim pelo meu amigo e colega Fabiano Denardin, o "vídeo" (sim, entre aspas, porque tem só o som) mostra dois grandes monstros clássicos, Bela Lugosi e Boris Karloff cantando We're Horrible Men.<br />
<br />
Eles não eram homens horríveis, mas cantores horríveis! Ainda bem que a dupla não pensou em seguir a carreira musical...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ZEh6nWo0Pws26ULi4qLkakr4bdDGc8ZOafgiw4yhKaUfN5tO3yksUWzXsokJz0KTyideCnENWbEcNPLvnwiObyPKfiqQDxI5034YCkl5JxJ7fWriIYu5BXIkICsP-OI2nS4_Ksy9hVM/s1600/karlofflugosi6.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ZEh6nWo0Pws26ULi4qLkakr4bdDGc8ZOafgiw4yhKaUfN5tO3yksUWzXsokJz0KTyideCnENWbEcNPLvnwiObyPKfiqQDxI5034YCkl5JxJ7fWriIYu5BXIkICsP-OI2nS4_Ksy9hVM/s320/karlofflugosi6.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Clique<a href="http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=lvUsUTdnS4M#!"> aqui</a> para ouvir Bela e Boris cantando (por sua própria conta e risco...)<br />
<br />
<br />Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-13151046033058188802012-07-24T17:23:00.000-07:002012-07-24T17:34:29.615-07:00Deus Salve a Rainha!Apesar da recente comemoração dos 60 anos do reinado de sua majestade Elizabeth II, esta postagem não fala exatamente sobre a matriarca da família real inglesa.<br />
<br />
Recentemente pude dar um pouco mais de atenção à séries e minisséries de origem inglesa. Claro que eu já gostava de diversas séries britânicas antes, sem falar nos inúmeros atores e atrizes fantásticos (que depois de algum tempo eram “descobertos” por Hollywood). O que sempre me chamou a atenção era o fato do filme (ou série, ou minissérie etc.) ser legal, bem escrito, bem dirigido, com bons atores etc.<br />
<br />
E, também não era exatamente surpresa que atores britânicos se destacassem em suas atuações. Alguns dos meus atores clássicos favoritos, como Christopher Lee, Boris Karloff e Peter Cushing, são ingleses. Sem mencionar nomes atuais como Bill Nighy, Mark Strong, Simon Pegg, Andy Serkis, James Purefoy, David Tennant e James McAvoy (esses dois últimos escoceses, só para deixar claro e evitar qualquer problema regional).<br />
<br />
Mesmo assim, foram duas séries que me chamaram a atenção e abriram caminho... ou melhor, me abriram os olhos para a existência de não apenas de bons filmes e atores, mas de geniais séries para a televisão: <i>Doctor Who</i> e <i>Life on Mars. </i><br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSmYkOzqdJF24La0YmzQd3LizB6YHMLFJf8GYrTKcD2h9LO4waJ5FzyJYQnnzFVy3GMo-lfxWmnPCxftfHb1eplWi5AiebZzFgjCmkTcgMyk9ZSr4PPdhWgWNsS8sT2FP42Uj3DazNejo/s1600/doctor-who-logo+croped.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSmYkOzqdJF24La0YmzQd3LizB6YHMLFJf8GYrTKcD2h9LO4waJ5FzyJYQnnzFVy3GMo-lfxWmnPCxftfHb1eplWi5AiebZzFgjCmkTcgMyk9ZSr4PPdhWgWNsS8sT2FP42Uj3DazNejo/s200/doctor-who-logo+croped.jpg" width="200" /></a></div>
<h3>
<b><i>Um Senhor do Tempo</i></b></h3>
<br />
A primeira, <i>Doctor Who,</i> é a mais clássica e importante série para a Ficção Científica do cenário europeu, uma das mais extensas séries da história da televisão, que é citada como influência de alguns dos escritores que eu mais adoro, como Neil Gaiman, Alan Moore, Terry Pratchett, Michael Moorcock, Warren Ellis e Kim Newman (pra citar só alguns).<br />
<br />
Doctor Who foi pioneira em vários aspectos, principalmente na utilização de roteiros inteligentes e sacadas geniais para explicar a trama (e as picaretagens da produção). Tudo gira em torno das aventuras do Doutor (apenas “o Doutor”), um alienígena viajante no tempo, que arrebanha diversos companheiros e visita vários momentos da História da Terra e de diversos outros planetas. Com a proposta inicial de ser uma série de ficção que poderia ter partes didáticas (já que eles mostrariam personagens históricos), a série foi lançada em 1963 pela BBC e se tornou um sucesso monstruoso, continuando com temporadas anuais até 1989 (com uma tentativa de revitalização com um longa-metragem em 1996).<br />
<br />
Infelizmente, essa fase de Doctor Who nunca foi exibida no Brasil.<br />
<br />
Em 2005, o produtor Russell T. Davis conseguiu trazer de volta a série, atualizada e com um ator conceituado (o excelente Christopher Eccleston) para o papel do Doutor. A aposta da BBC em recuperar uma de suas séries mais icônicas deu certo, e Doctor Who ganhou sua segunda temporada, agora com o carismático David Tennant no papel principal.<br />
<br />
<i>“Mas como assim, Saladino? Fica mudando o ator que faz esse tal de Doutor o tempo todo?” </i>, me perguntará o leitor aturdido. Curiosamente... sim! No final da temporada de 1966, William Hartnell, que interpretava o Doutor, expressou o desejo de deixar a série. O produtor, que não queria acabar com o seriado, veio com a idea de que como o Doutor era um alienígena, ele tinha a capacidade de regenerar quando estava prestes a morrer, literalmente se tornou outra pessoa para evitar a morte. Assim, o seriado poderia continuar, com outro ator no papel de Doutor. Até hoje, onze atores viveram o alienígena, que seria o último dos Senhores do Tempo, sendo que um dos mais icônicos foi Tom Baker.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh03XvXx9-ncHEQAmiSwe_BDPc9RDLk92Bv6JNcIJmeXCd1GLlWAXSDbmgG8VItLCkrWacprXsWyy2VKUI1aw332TQjf7gv_98Y50ZcrLLLFZ668fgmvVZPo2BrtPo1gAt7nfCgRkL3nXU/s1600/tom-baker.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh03XvXx9-ncHEQAmiSwe_BDPc9RDLk92Bv6JNcIJmeXCd1GLlWAXSDbmgG8VItLCkrWacprXsWyy2VKUI1aw332TQjf7gv_98Y50ZcrLLLFZ668fgmvVZPo2BrtPo1gAt7nfCgRkL3nXU/s200/tom-baker.jpg" title="" width="135" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tom Baker, o mais icônico Doutor.<br />
Até já apareceu nos Simpsons.</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<br />
<div>
Então, com a revitalização da série, comecei a acompanhar uma das melhores coisas de FC que já foi feita para a televisão. O produtor atual, Davis, conseguiu equilibrar muito bem o estilo camp da série e o tom atualizado e até pesado em certos momentos. Pessoas morrem em Doctor Who, coisas ruins acontecem, os personagens são complicados e vivos, e mesmo os alienígenas mostram personalidades incrivelmente humanas. Um dos temas mais complicados e arriscados de se lidar na ficção, a viagem no tempo, é abordado de forma magistral, em alguns roteiros que dão banho em muitos filmes.<br />
<br />
Doctor Who arrebanhou uma enormidade de novos fãs, ganhou novas e novas temporadas e passou de suas fronteiras, chegando a entrar no restrito mercado norte-americano... e fazendo sucesso por lá! E, para minha surpresa, até mesmo aqui no Brasil temos Doutor Who passando em canal aberto, diariamente (exceto finais de semana), na TV Cultura!<br />
<br />
Poucos meses atrás (em 16 de junho), tivemos em São Paulo a primeira convenção de fãs de Doctor Who, a Gallifreycon. E mesmo sendo um evento tremendamente específico, foi muito bom ver uma enorme quantidade de espectadores e fãs novos, muitos deles crianças, que graças a série se interessaram por ficção científica, literatura e assuntos mais diversos, como Física, História e etc.<br />
<br />
Doctor Who é uma série incrível, e vai ter uma postagem só pra ela, acreditem. Ela foi a primeira a me chamar a atenção por sua qualidade impressionante.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk1E50D-IaP-BYPt044nTdEiRPLx8KPI1xmVifserEgzpsOr2oFUFh5W1CITTQZWIONa7ZdbEWRv_6DoP5HuKlooHMpHufWvqu44poc1xN6n9FxL4AbbXpfXO6f5d5_gEWBZ2FcZQiJlQ/s1600/feature-lifeonmarsuk-big.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk1E50D-IaP-BYPt044nTdEiRPLx8KPI1xmVifserEgzpsOr2oFUFh5W1CITTQZWIONa7ZdbEWRv_6DoP5HuKlooHMpHufWvqu44poc1xN6n9FxL4AbbXpfXO6f5d5_gEWBZ2FcZQiJlQ/s320/feature-lifeonmarsuk-big.jpg" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sam Tyler (ou John Simm), um policial <br />
literalmente a frente de seu tempo</td></tr>
</tbody></table>
<h3>
<i>E um cara (mais ou menos) perdido no tempo</i></h3>
<div>
<br /></div>
A outra série que me pegou pelo queixo e me surpreendeu totalmente com apenas um episódio (fora de ordem, visto acidentalmente), foi Life on Mars, não acidentalmente, também da BBC.<br />
<br />
Inicialmente, eu achava (em minha total e preconceituosa ignorância) que Life on Mars era mais uma série cabeçuda, de premissa esquisita, personagens estranhos e atores que eu nunca tinha visto antes. E para o meu espanto, quando vi acidentalmente um episódio (e resolvi terminar de ver para saber como acabava), percebi que Life on Mars era cabeçuda, de premissa esquisita, personagens estranhos e atores que eu nunca tinha visto antes... mas que isso tudo era muito, MUITO bom!<br />
<br />
Sam Tyler, um policial londrino, ao investigar um crime, sofre um acidente, é atingido por um carro e, sem maiores explicações, acorda em 1973, com seu carro tocando (em fita cassete) a música Life on Mars, de David Bowie. Tyler não percebe que a música dá uma dica do que ele vai passar, pois os documentos no carro indicam que ele continua sendo um policial, mas os costumes e metodologia são tão diferentes e alienígenas, que parece que Sam está em outro planeta.<br />
<br />
Misturando ficção com policial, a série mostra Sam Tyler (interpretado magistralmente por John Simm) entrando em conflito com os costumes e práticas da época, onde testemunhas são intimidades (pelos policiais!), onde o conceito de assédio sexual não existe e a prática de mexer com as colegas de trabalho era comum e socialmente aceita. Os policiais que trabalham com o Sam beiram ser considerados vilões e canalhas, mas são tão bem escritos e interpretados, que conseguem gerar uma enorme simpatia com espectador. </div>
<div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHHto83z_IOHa5mpwLOJceRshqsvaaPWaHdOcnU3ELAJfDaislfyS0RAtVQ0eBisGN_FJGohOllTmP1pPS0WerjBJdu1_CDZySE0AHzs0Tdk_3_XueEALNzA9xOGyLY_hpJiZ-Wlcm98E/s1600/Hunt.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHHto83z_IOHa5mpwLOJceRshqsvaaPWaHdOcnU3ELAJfDaislfyS0RAtVQ0eBisGN_FJGohOllTmP1pPS0WerjBJdu1_CDZySE0AHzs0Tdk_3_XueEALNzA9xOGyLY_hpJiZ-Wlcm98E/s200/Hunt.jpg" width="138" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; text-align: center;">Gene Hunt. Você não<br />
queria ele como seu chefe...</td></tr>
</tbody></table>
Um destaque especial fica para o superior de Sam, Gene Hunt (interpretado por Phillip Glenister) um policial que deveria ter sua foto do lado do verbete “politicamente incorreto” no dicionário. É incrível como um policial violento, corrupto, preconceituoso e autoritário pode acabar se tornando um dos personagens mais legais que apareceram na televisão nos últimos anos. Gene odeia o Sam Tyler, mas também acaba ganhando o seu respeito em certo ponto da série e muda o seu jeito de ser graças ao que ele vê no novato. Glenister arrasou na interpretação, tanto que seu personagem reaparece em <i>Ashes to Ashes,</i> a continuação da série, com uma história similar, só que nos anos 1980.<br />
<br />
No decorrer da série, se intensifica a dúvida se Sam realmente voltou ao passado (e como isso aconteceu) ou se ele está em coma e tudo não passa de uma alucinação pra lá de complicada. Durante os crimes que Sam precisa resolver, ou ajudar a resolver, ele ouve frases que seriam de 2006 e vê coisas que não entende. Destoando completamente do estilo e visual realista da série, esses elementos pegam o espectador de surpresa e deixam ainda mais a sensação de tem algo muito errado com Sam Tyler.<br />
<br />
A reconstituição do período é um capítulo à parte. Para nós brasileiros, chegou muito pouca coisa da Londres da década de 1970, sendo que nós fomos mais influenciados pelas tendências norte-americanas. Na série, é fascinante ver como era a vida do povo londrino. O povo mesmo, a maioria, e não apenas uma ou outra referência de alguma celebridade. Documentários raramente conseguem ser tão fiel ao espírito dos anos 1970 quanto Life on Mars.<br />
<br />
Novamente abordando um tema complicado e que tem uma enorme facilidade de ficar muito ruim (viagem no tempo), a série não menospreza sua audiência, se desenvolve em roteiros inteligentíssimos e primorosamente bem escritos. As atuações, até mesmo dos personagens mais secundários, são inspiradas e dignas de todos os elogios possíveis. Em minha opinião, <i>Life on Mars</i> é uma das melhores coisas que já passou na televisão nos últimos tempos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<h3>
<i>E o melhor é que...</i></h3>
Essas duas séries estão disponíveis para o público brasileiro! <i>Doctor Who</i> está passando na TV Cultura diariamente, e além disso, a box com a primeira temporada chegou as lojas pouco antes da Gallifreycon, e pode ser encontrada sem muita dificuldade. As duas temporadas de<i> Life on Mars</i> também estão disponíveis (em DVD e Blu-Ray), num preço bem razoável (na maioria das vezes). As duas séries foram trazidas pela Log On, distribuidora que também é responsável pelas versões nacionais de inúmeras séries e documentários da BBC.<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgchPljKvKh7YGJUrbbPWdUgBxEIe19oJ8jdwk7mGXjBbjL_MyGRH12-1eXJTsasQuJ9cZG3VZsI4fXMGuVCwBc4FjWjL6l60jvgztrt1IhoR4JeNU5uunbC9mKOXtljJryfL3KNzU_2vE/s1600/Doctor+Who+1st+season.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgchPljKvKh7YGJUrbbPWdUgBxEIe19oJ8jdwk7mGXjBbjL_MyGRH12-1eXJTsasQuJ9cZG3VZsI4fXMGuVCwBc4FjWjL6l60jvgztrt1IhoR4JeNU5uunbC9mKOXtljJryfL3KNzU_2vE/s200/Doctor+Who+1st+season.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; text-align: center;">O box nacional da primeira temporada<br />
de <i>Doctor Who</i>, com Eccleston.</td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUS_MUMlFY8yNzyzKeTvGuyoqIsyJmPG_1b7tMdBWfbfFqzDWk-VfJfd0nly_LI2iAhrADRDs4TTHe2UJqkJX1wJJjnomAzrWyvOvAQo1N2APSreIppj_u_Cjn2foyM0xVhAA-wYZZRyY/s1600/Life+on+Mars+1st+season.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUS_MUMlFY8yNzyzKeTvGuyoqIsyJmPG_1b7tMdBWfbfFqzDWk-VfJfd0nly_LI2iAhrADRDs4TTHe2UJqkJX1wJJjnomAzrWyvOvAQo1N2APSreIppj_u_Cjn2foyM0xVhAA-wYZZRyY/s200/Life+on+Mars+1st+season.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; text-align: center;">A primeira temporada de<br />
<i>Life on Mars,</i> em DVD nacional</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">São duas séries incríveis que me mostraram que
existem muitas outras por aí, esperando serem descobertas e devidamente
apreciadas. Nas postagens seguintes, devo comentar algumas outras séries, verdadeiras pérolas inglesas, que eu tive a chance
de ver e minhas impressões a respeito delas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Por enquanto é só, e eu vou ali tomar um
chá e depois volto com mais uma postagem quase britânica.</span></div>
</div>
</div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-47236840868317140082012-06-27T17:16:00.000-07:002012-06-27T17:26:51.902-07:00No Livro Ficou Melhor...<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Um dia desses, ouvi uma conversa no ônibus
que me fez pensar um pouco. E sim, de vez em quando eu ouço as conversas
alheias no ônibus, a caminho de casa. Podem me considerar um intrometido, mas é
muito bom para qualquer um que escreve, para ajudar a montar personagens.
Considero quase que um trabalho de pesquisa.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br />Mas, considerações bisbilhoteiras à parte,
a conversa me chamou a atenção por um detalhe curioso; eram duas pessoas
comentando sobre... livros que tinham lido e como os filmes não eram tão
legais, e como eles preferiam os livros. Começaram falando do vindouro filme O
Hobbit, de Peter Jackson, e depois desataram a trocar opiniões sobre a trilogia
do Senhor dos Anéis e a série Harry Potter.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br />A partir daí, alguns leitores poderão dizer
“E daí? Isso é bem normal, oras...”. Concordo. Mas, naquele instante, comecei a
divagar um pouco. Eu meio que estou acostumado a ouvir no ônibus as pessoas
comentando o que aconteceu nas novelas, futebol ou programas de televisão que
eu não gosto muito. Fico bem feliz ao ver gente (ou melhor, o público) falando
de livros, de uma forma legal e descontraída, até mesmo honesta. </span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz42Wc5J239jpQ9BK8QbhyvX7ml-_78a0it5mFAPeLRV0C4qBB_KVeEISez4naXeNj68kRZuMyloQRaUecnGFbmakVBr5jAJDcAPCT8MJJ-OEmbUd0_Boe1kA3R2jqGAhnMrO5sHvrs8k/s1600/27-06-2012-The-Hobbit-Movie.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="141" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz42Wc5J239jpQ9BK8QbhyvX7ml-_78a0it5mFAPeLRV0C4qBB_KVeEISez4naXeNj68kRZuMyloQRaUecnGFbmakVBr5jAJDcAPCT8MJJ-OEmbUd0_Boe1kA3R2jqGAhnMrO5sHvrs8k/s200/27-06-2012-The-Hobbit-Movie.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Hobbit...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">Não se tratava de um povo nerd (ou aquelas
pessoas que posam de nerds porque agora é descolado), mas gente que não parecia
pertencer a nenhuma tribo específica, uma dupla que estava falando de como os
livros eram melhores que os filmes, citando detalhes como “tal personagem
aparece mais”, “isso fica mais claro” e “no filme ele ficou meio bobo”. Como
diria um amigo meu, são praticamente “civis” (termo que eu acho engraçado).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">Como jornalista e pretenso escritor, me
alegra muito ouvir esse tipo de conversa. Vivemos em um país onde o hábito de
se ler livros não é exatamente o mais popular e onde divulgar a literatura é um
tanto quanto difícil. Ver (ou melhor, escutar) gente no ônibus comentando como
livros são mais legais e melhores que filmes é algo que dá esperança de que, mesmo
com todos os problemas que os escritores, autores, editores, editores e
similares passam, não estejamos num cenário tão ruim, onde os livros estão sim
recebendo alguma atenção.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkc2nhCnBipUP4xGWnwHPfeR4p5bUe3pCZGHH-rzbLlihKMBbs9kqWnZZ9YEzUiL3n-DvFDNizDRiCntXaWERAECfrbCtSP-aEIUo_5J9PC4ieVkxNOtuYLQCdv8kcUE7UOIJScyGgzfI/s1600/27-06-2012-unexpected-party.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="163" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkc2nhCnBipUP4xGWnwHPfeR4p5bUe3pCZGHH-rzbLlihKMBbs9kqWnZZ9YEzUiL3n-DvFDNizDRiCntXaWERAECfrbCtSP-aEIUo_5J9PC4ieVkxNOtuYLQCdv8kcUE7UOIJScyGgzfI/s320/27-06-2012-unexpected-party.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">... e O Hobbit.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR">Não critico quem esteja lendo os livros <i>best-seller,</i> como a série Harry Potter
ou Jogos Vorazes, não sou um purista que torce o nariz e diz que isso é
“literatura menor”. Esses lançamentos servem pra mostrar que livros são legais
e divertidos e abrem caminho para outros livros. Isso é tremendamente
importante para todos nós, não só autores e pretensos escritores, mas como para
os leitores e para o país, pois ajuda na construção de um povo com mais
cultura.</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNwKc2il9-H8NpgPavuGnbBR6k7Oi-kIlW3Bmo05XraHizwoN2yS10_5ZtkMVLDg0-q6PHj-1jSc-CZ4sAnZdjOtKQkLWvPEk_YT2lWSj6p-k7fw7biKNPWDD15Z4s9GJkNase5tbZ_y4/s1600/27-06-2012-Hryy-potter-e-a-c%25C3%25A2mara-secreta1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNwKc2il9-H8NpgPavuGnbBR6k7Oi-kIlW3Bmo05XraHizwoN2yS10_5ZtkMVLDg0-q6PHj-1jSc-CZ4sAnZdjOtKQkLWvPEk_YT2lWSj6p-k7fw7biKNPWDD15Z4s9GJkNase5tbZ_y4/s200/27-06-2012-Hryy-potter-e-a-c%25C3%25A2mara-secreta1.jpg" width="131" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Harry Potter, o livro...</td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho-3yRRqdUFmZIuoxqya6WVdP2XkUZhDcXThJKa6_DljGK5qvDH5rCBoP3FV-BBlk4msrcoIjbuJn-mAPrPAJ2JgchQcEmHs0cbdSVFTpg5wn0-GrhJ2KI_l9WsT8JyUbQZ7YVG9ijsxo/s1600/27-06-2012-Hryy-potter-e-a-c%25C3%25A2mara-secreta+DVD.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho-3yRRqdUFmZIuoxqya6WVdP2XkUZhDcXThJKa6_DljGK5qvDH5rCBoP3FV-BBlk4msrcoIjbuJn-mAPrPAJ2JgchQcEmHs0cbdSVFTpg5wn0-GrhJ2KI_l9WsT8JyUbQZ7YVG9ijsxo/s200/27-06-2012-Hryy-potter-e-a-c%25C3%25A2mara-secreta+DVD.jpg" width="133" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">... e Harry Potter, o filme.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br />Gosto de cinema, filmes e adaptações. De
verdade. Grandes filmes vieram de adaptações de grandes livros (e de alguns
livros não tão bons assim). Não estou incentivando uma briguinha entre cinema e
literatura, pois entendo que são duas mídias diferentes, com suas
características próprias e etc. (sendo que “etc.” aqui significa “detalhes e
discussão para uma outra postagem). A questão toda é encontrar gente
conversando sobre livros, voluntariamente, fora de uma livraria ou biblioteca
ou escola, porque é um assunto que gosta.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span><br />
<span lang="PT-BR">Eu fiquei feliz mesmo. E vou ficar ainda
mais feliz quando, no futuro, alguém comentar que viu um filme baseado num
livro meu, e que achou o livro muito melhor</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span><br />
<span lang="PT-BR"></span></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"></span></div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-40461921123060544192012-03-12T17:49:00.000-07:002012-03-12T17:49:35.134-07:00De volta aos trabalhos...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL8u2KAKhSku3d3SWDW4qJRGYMZpWGsckEaq6gVddUUjRWsZAQiocEyM6SqkKzWorFQNGr82_npOBKrMTkcB5U8iva7fNdU4e5eYmOS-RYm8sYP7agHu2C4Uvhvmw05aZKzXIDW7hFVyo/s1600/trabalho-trabalho-trabalho.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="173" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL8u2KAKhSku3d3SWDW4qJRGYMZpWGsckEaq6gVddUUjRWsZAQiocEyM6SqkKzWorFQNGr82_npOBKrMTkcB5U8iva7fNdU4e5eYmOS-RYm8sYP7agHu2C4Uvhvmw05aZKzXIDW7hFVyo/s200/trabalho-trabalho-trabalho.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">E olha que isso foi antes de começar<br />
a jogar World of Warcraft...</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Eu disse que era um péssimo blogueiro. Fiquei um bom tempo sem colocar nada no Gabinete, nem uma palavrinha sequer sobre filmes, livros, jogos, quadrinhos, séries e outras coisas que fazem parte da minha vida. E tudo isso sem grandes motivos além de pura e simples falta de tempo.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Mas, como nem toda a preguiça do mundo dura pra sempre, eu estou de volta com alguns assuntos para comentar.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Viu só? Essa minha demora em postar algo nem foi tão ruim assim, me deu tempo de achar um monte de coisa interessante pra comentar. E, se tudo correr conforme o planejado, não fico mais tanto tempo sem publicar novos textos.<span style="color: #f79646;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><b><span style="font-size: large;">...e aos temas recorrentes<o:p></o:p></span></b></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Um dos textos meus que rendeu uma boa discussão foi o sobre refilmagens. Curiosamente, vi dois filmes que ilustraram direitinho o que eu disse. </span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmqgEI3G09SBKM_HARCq8WpYIgSHUAIHZQhNF8l1Rleh3-9mgxW0Y-_UtgD85khMLgeAZ8zfIeCiiQaSfYRSLXEii9t7wmXPUa88zq58Nif8WjUurGZNla8XKrTetxk4HO9Uqt_0jk62M/s1600/A+Hora+do+Espanto+2011.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmqgEI3G09SBKM_HARCq8WpYIgSHUAIHZQhNF8l1Rleh3-9mgxW0Y-_UtgD85khMLgeAZ8zfIeCiiQaSfYRSLXEii9t7wmXPUa88zq58Nif8WjUurGZNla8XKrTetxk4HO9Uqt_0jk62M/s200/A+Hora+do+Espanto+2011.jpg" width="140" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Colin Farrell como o vampiro <br />
pedreiro mais cafajeste possível...</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Um deles mostrava como uma refilmagem pode ficar bacana e divertida, sem estragar as ideias do filme original, mas mostrando-as de outra forma, com outra visão. Estou me referindo a <i>A Hora do Espanto 3D (Fright Night 3D)</i>, que atualizou e modernizou a história de terror com toques de comédia de um garoto que descobre que o vizinho que acabou de se mudar para a casa ao lado é um vampiro. Um bom elenco, um ritmo muito bem conduzido pelo diretor e um filme com uma boa dose de estilo próprio e momentos divertidos.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">O outro filme serve pra mostrar exatamente como tudo pode dar errado. Não é exatamente uma refilmagem, mas uma <i>prequel</i> (termo feio, prefiro utilizar “prelúdio”, como o grande editor Fernando Lopes me ensinou): <i>A Coisa (The Thing).</i> O “original” de John Carpenter (que por sua vez era uma refilmagem de <i>O Monstro do Ártico</i>) marcou uma época em vários sentidos; estilo de narrativa, efeitos especiais, etc., e ainda hoje é considerado um dos melhores da ficção científica ou do terror. Um prelúdio daquela história simples e assustadora certamente daria um ótimo filme, não? Bem... não.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDYmku6FKcIzqlcjbXFU7et5FTcaOobAsy5UMYvSbTNZf_pjQEEGD18JIEdF_u3O6tLYkZmlE5DVI0cBnUaDsfKanfmof615ki5iSl1s-b_fVlRMtE82aSC6ZOmUVWRfvBhZY1QuN74EU/s1600/the-thing-2011-04.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDYmku6FKcIzqlcjbXFU7et5FTcaOobAsy5UMYvSbTNZf_pjQEEGD18JIEdF_u3O6tLYkZmlE5DVI0cBnUaDsfKanfmof615ki5iSl1s-b_fVlRMtE82aSC6ZOmUVWRfvBhZY1QuN74EU/s320/the-thing-2011-04.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Vou ficar fazendo cara de conteúdo <br />
para ver se convenço..."</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Esse prelúdio é um filme facilmente esquecível, onde tudo acontece rápido demais, sem convencer o espectador e com pressa. Parece que queriam ficar mostrando a tal da coisa (sem piadas de duplo sentido aqui) o tempo todo, ou o cenário, ou a nave legal, ou como eles gastaram em efeitos especiais... e esqueceram de pequenos detalhes, como história, roteiro, trama, personagens bacanas e – puxa, é mesmo! – assustar o espectador. Afinal, era pra ser um filme de terror, não? Em termos de ritmo e de “causar desespero num lugar inóspito e gelado que pode te matar”, <i>Terror na Antártida</i> <i>(Whiteout),</i> de 2009, se deu muito melhor. E nem tinha monstro. E tinha a Kate Beckinsale.</span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Se estava pensando em ver esse novo filme, melhor rever o antigo, do John Carpenter e que, mesmo tendo trinta anos, dá um banho no mais recente. Mesmo sem a Kate Beckinsale. </span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-24445807379789883212011-09-14T17:19:00.000-07:002011-09-14T17:22:48.826-07:00(Re)Fazendo História<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Tem uma coisa que me incomoda muito quando leio uma resenha ou crítica de um filme: a falta de informação de quem escreveu. Principalmente quando essa falta de informação leva a conclusões erradas e opiniões mais erradas ainda. E ainda mais atualmente, quando não é exatamente difícil se conseguir informação sobre praticamente qualquer assunto. </div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Para ilustrar isso, eu vou citar um exemplo. Melhor, dois exemplos num mesmo tópico: <i>remakes</i>.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Eu cansei de ouvir que “Hollywood hoje só pensa em fazer <i>remakes</i>” ou que a “moda hoje em dia é fazer <i>remakes</i> de qualquer coisa”, e pra completar essa eventual revolta (e talvez justificá-la), aparece a frase de que “eles estão sem criatividade para fazer filmes novos” ou algo parecido com isso.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Muita gente parece associar <i>remakes</i> com sinônimo de filmes ruins ou que não merecem ser vistos (afinal, o original é sempre muuuuuito melhor), com caça-níqueis feitos apenas para arrancar dinheiro dos espectadores, ou até mesmo um desrespeito com grandes obras, grandes diretores etc. E também com uma "moda" recente. Na verdade, a coisa não é bem assim.</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgboGmFzoFfP0-QHPSrNNbGzF8iMCWT9oVFBgwjEDM_nuIZpYG_QLz-exlkPndD4Wv4mK-Up1CBSmQU9vbgenIjObQky0I_eU9zWZ1WcPLK9WEtyfLq5K79HT02Frn58O0_mFF4KAOoLHw/s1600/The+Man+Who+Knew+Too+Much+pic+1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgboGmFzoFfP0-QHPSrNNbGzF8iMCWT9oVFBgwjEDM_nuIZpYG_QLz-exlkPndD4Wv4mK-Up1CBSmQU9vbgenIjObQky0I_eU9zWZ1WcPLK9WEtyfLq5K79HT02Frn58O0_mFF4KAOoLHw/s320/The+Man+Who+Knew+Too+Much+pic+1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Peter Lorre na primeira versão de <br />
<i>O Homem que Sabia Demais</i>, de 1934</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Fico surpreso como não se percebe (ou se esquece) que grandes filmes da história do cinema eram <i>remakes</i>. Grandes diretores fizeram suas próprias versões e interpretações de outros filmes e foram aclamados por isso. Aliás, o teatro sempre faz “<i>remakes</i>” de peças clássicas, e isso não parece incomodar os críticos e os pretensos entendidos.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Por exemplo, Alfred Hitchcock filmou <i>O Homem que Sabia Demais</i> em 1934, mas decidiu refazer o próprio filme em 1954, numa versão que ficou mais famosa, com James Stewart e Doris Day. Ainda ficando em Hitchcock, <i>Disque M para Matar</i> (1954) também é uma versão da mesma história, que já tinha sido feita em 1952.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Outro filme pouco lembrado como sendo um <i>remake</i> é o clássico da Ficção Científica <i>Enigma do Outro Mundo</i> (The Thing, 1982) de John Carpenter, que já tinha surgido como <i>O Monstro do Ártico</i> (The Thing, 1952). O filme de Carpenter é considerado um dos marcos da ficção/terror, uma verdadeira jóia criativa que envelheceu muito bem, podendo facilmente assustar platéias atuais (e o qual terá uma nova versão - um <i>prequel</i>, na verdade - em breve).</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">E que tal <i>remakes</i> triplos? O filme (fraquinho) <i>A Casa de Cera</i> (House of Wax, 2005) é uma versão de <i>Museu de Cera</i> (House of Wax, 1953), que por sua vez também é um remake de <i>Os Crimes do Museu</i> (Mystery of the Wax Museum, 1933)! </div><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ-H9kf3oqbv-CLFpU2Z7prSvjoAqKrIStWFOvZ0yl5RLbCt7FWnSocrzm21hDQnrhKN9QZ7Zv0oXBLzsTFbZy2SGyTAcEAUhEEvQbe2Ywwtk6gco4aNEsrZRXHvnUePmLVxjdnwTRM0o/s1600/tumblr_l9lgtciBpk1qazzfio1_500.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ-H9kf3oqbv-CLFpU2Z7prSvjoAqKrIStWFOvZ0yl5RLbCt7FWnSocrzm21hDQnrhKN9QZ7Zv0oXBLzsTFbZy2SGyTAcEAUhEEvQbe2Ywwtk6gco4aNEsrZRXHvnUePmLVxjdnwTRM0o/s320/tumblr_l9lgtciBpk1qazzfio1_500.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Enigma de Outro Mundo</i> (1982) - um filme irretocável que - <br />
olha que surpresa! - é uma refilmagem.</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Se for pra ficar enumerando <i>remakes</i>, a lista é gigantesca, e com várias surpresas para o fã incauto de cinema. A questão aqui é não dizer qual filme é ou não uma versão desse ou daquele outro filme, mas mostrar que essa prática não é uma moda atual, e que não é de hoje que Hollywood reutiliza histórias. O cinema herdou muitas práticas do teatro, modificando-as para melhor se adequar a sua própria linguagem, então não é de se surpreender que a ideia de refazer uma história ou dar uma nova versão a ela seja tão comum e esteja presente em toda a história do cinema.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">E como dá pra perceber pelos títulos que citei, nem todos os <i>remakes</i> são ruins, carecem de criatividade e são versões pioradas de algum clássico muito melhor. Em alguns casos, o <i>remake</i> é muito melhor e acabou ficando muito mais famoso e marcante do que o original. Poxa vida, Alfred Hitchcock achou que valia a pena refazer um filme dele! </div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Os critérios pra se avaliar um <i>remake</i> devem ser os mesmos utilizados para qualquer outro filme, e não se deixar levar por preconceitos bobos do tipo <i>“ah, é um remake então é ruim”</i>. Claro que existem versões que ficaram terríveis, bem piores do que os originais (como foi o caso de <i>Psicose</i>) e <i>remakes</i> que são totalmente desnecessários (como foi o caso de <i>Psicose</i>), mas isso na impede de sair bons filmes com histórias que já foram mostradas antes. </div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOqkiylpYF3mNcWQNuvGLozV8q8hzktcaZBC8elKgZSdTwRJW4yxlvylMC9JuTqBAQR_p19131lKZ8srSzZ0BAS64eVIpXYTSrMwj33gRWX2K3xVv-zClYneFuw4BNHuUhHwpxDRsPHGU/s1600/psycho1998.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="158" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOqkiylpYF3mNcWQNuvGLozV8q8hzktcaZBC8elKgZSdTwRJW4yxlvylMC9JuTqBAQR_p19131lKZ8srSzZ0BAS64eVIpXYTSrMwj33gRWX2K3xVv-zClYneFuw4BNHuUhHwpxDRsPHGU/s320/psycho1998.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Psicose,</i> de 1998. Um remake desnecessário e chato.<br />
Já falei que esse filme é ruim?</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">O único fator a mais que um <i>remake</i> deve ter além de um filme <i>“não-remake”</i> é o seguinte: deve haver um motivo para se fazer o <i>remake.</i> O diretor tem uma nova abordagem da história, acha que vale a pena fazer uma versão atualizada, ou com outro tipo de direcionamento, ou até mesmo quando se acha que, com as técnicas atuais, a história ficaria melhor. </div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Fazer por fazer, só porque conseguiu um ator da moda pra participar dele, ou porque o nome é forte (uma eventual “certeza” de atrair público), ou pra colocar um elenco adolescente ou algo assim, é uma receita pra fracasso. Mas, pensando bem, esses elementos fazem qualquer tipo de filme ficar ruim de doer, não?</div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-70845347867719616942011-07-02T09:19:00.000-07:002011-07-02T09:19:43.833-07:00Aventuras de RPG que eu adoro: Ravenloft<div class="MsoNormal">Minha ideia inicial era fazer listas de assuntos relacionados ao RPG, começando pelas cinco aventuras que eu mais gostei de mestrar, e falando um pouco a respeito de cada uma, citando coisas divertidas que aconteceram e etc. </div><div class="MsoNormal">Mas aí me deparei com dois problemas: primeiro: estava ficando difícil achar apenas cinco, já que tive excelentes experiências com várias aventuras. E segundo: estava me alongando demais nos comentários e explicações de cada aventura.</div><div class="MsoNormal">Então me veio a solução: porque não falar de apenas uma aventura por vez? Como isso me pareceu muito mais interessante, então é exatamente o que vou fazer. Ou melhor, farei uma série de postagens com experiências e opiniões pessoais de algumas aventuras de RPG que mestrei ou joguei ou simplesmente li e achei bacana.</div><div class="MsoNormal">Um aviso; não é segredo algum que eu sou um grande fã do D&D e que ele é o meu cenário/sistema favorito. Então, boa parte das aventuras que comentarei é de D&D, da primeira até a terceira edição, com algumas outras ocasionais publicações do sistema d20.</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijoAixYkTIKpmN2xMWEK3J8QiUJZFf-G6hg2ciIgmGgvFoBnNYEQ6MD0ZBibN1lQMMRjj3WSaH-5kwvPi4VHQ-kr-dtZPtJoSHGq9Oa0Oll7WRLRQhFlRoKNQJ-2mmrM5Q0D_dNV2UOUg/s1600/02.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijoAixYkTIKpmN2xMWEK3J8QiUJZFf-G6hg2ciIgmGgvFoBnNYEQ6MD0ZBibN1lQMMRjj3WSaH-5kwvPi4VHQ-kr-dtZPtJoSHGq9Oa0Oll7WRLRQhFlRoKNQJ-2mmrM5Q0D_dNV2UOUg/s320/02.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Conde Strahd, numa belíssima ilustração de Clyde Caldwell</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal">Peço desculpas para quem não conhece RPG e segue o Gabinete, por aquela sensação de “não sei nada do que ele está falando”, mas imagine que são apenas livros ou revistas ou filmes sobre os quais eu estou opinando. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b>Ravenloft, o terrível castelo assombrado.<i><o:p></o:p></i></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Em 1983, o casal Tracy e Laura Hickman escreveu uma aventura bem diferente do que era comum no D&D da época: <i>Ravenloft</i> (o módulo identificado pelo código I6). Sem saber, eles estavam fazendo uma das melhores e mais famosas aventuras do hobby, que já foi mencionada, copiada e parodiada de tudo quanto é forma possível. </div><div class="MsoNormal">Os heróis chegavam à isolada vila de Baróvia e descobrem que estão presos, só podendo sair de lá se derrotassem o terrível senhor do local, o poderoso vampiro Conde Strahd von Zarovich, para isso tendo que invadir seu castelo povoado de inúmeras criaturas terríveis. Para conseguir enfrentar o tal conde, os heróis se consultavam com ciganos (com direito a leitura de cartas), descobriam parte do passado do vilão e resolviam pequenas missões na vila.</div><div class="MsoNormal">E eram justamente esses elementos que diferenciavam Ravenloft das aventuras publicadas anteriormente. A “leitura” de cartas podia mudar praticamente toda a aventura, alterando o lugar onde os jogadores poderiam encontrar itens e artefatos importantes para a luta contra Strahd, e alterava os próprios planos do lorde vampiro. Ou seja, a aventura podia ser jogada várias vezes, sendo diferente em cada sessão. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJvFPp6BfHGFeEKBCy_tFVSNsKHHGilbHklze6YLb9VdIHW46w0wkUdx1Z1cz_fVWsKe-PRT6izvSuUlnB7BIQ5lZ5hY9mKknJxfiHbyS1rjw2p3maUvOW0MDqcHdLOj-kIalfwlug5Ow/s1600/Castle+Ravenloft+gates.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJvFPp6BfHGFeEKBCy_tFVSNsKHHGilbHklze6YLb9VdIHW46w0wkUdx1Z1cz_fVWsKe-PRT6izvSuUlnB7BIQ5lZ5hY9mKknJxfiHbyS1rjw2p3maUvOW0MDqcHdLOj-kIalfwlug5Ow/s400/Castle+Ravenloft+gates.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A fachada nada convidativa do Castelo Ravenloft, <br />
por Ralph Horsley</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Mas o ponto mais interessante era, sem dúvida, a história. Claramente (e assumidamente) inspirada em Drácula (história real e fantasiosa), o Conde Strahd era um antagonista memorável, inteligente, ardiloso, maligno, arrogante, poderoso, cheio de recursos e aliados e, se interpretado e usado corretamente, quase impossível de ser derrotado. Suas únicas vulnerabilidades são trechos do seu passado, que ainda o atormentam e que os heróis podiam usar contra ele. Não era um simples orc, ou dragão ou gigante, que podia ser facilmente derrotado com a combinação certa de magias e espadas.</div><div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal">Apesar de ser uma clara versão de Drácula para o AD&D, Strahd tinha personalidade e carisma (dentro do possível). Não era um simples monte de números e estatísticas, nem um reles dragão que estava lá só pra tentar matar os heróis. Strahd era o personagem principal de sua história, enquanto os jogadores eram apenas… convidados especiais para aquele episódio. </div><div class="MsoNormal">O módulo I6 foi um dos maiores sucessos da época, o motivou a TSR a lançar uma continuação em 1986, <i>Ravenloft II: The House on Griphon Hill</i>, onde a coisa ficava ainda mais estranha, com Strahd sendo “dividido” em duas versões, uma maligna e outra boazinha, e encontros bem estranhos com inúmeros tipos de mortos-vivos. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmr9ILYj7DQl6QwnKyEwsz4iK2gldw4aewnY8lODzO0zDw2tpV4XTphY0uV1KCDxBK0K2c4IxD1hiAoS878cvlJH2axmJXi7RtZEIGU1mlqdLI8TWSRY31Hzr9mpILBuLejJ_cVubug-E/s1600/Ravenloft+Boxed+set.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmr9ILYj7DQl6QwnKyEwsz4iK2gldw4aewnY8lODzO0zDw2tpV4XTphY0uV1KCDxBK0K2c4IxD1hiAoS878cvlJH2axmJXi7RtZEIGU1mlqdLI8TWSRY31Hzr9mpILBuLejJ_cVubug-E/s320/Ravenloft+Boxed+set.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; text-align: center;">A caixa que tornou Ravenloft um cenário completo, com mais<br />
domínios, mapas, imagens dos outros vilões...<br />
</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal"><b>Ravenloft, o terrível cenário assombrado!</b> </div><div class="MsoNormal">Em 1990 foi lançado todo um cenário alicerçado em Ravenloft (que compartilhava seu nome), onde vários reinos (ou melhor, domínios) tinham vilões que eram versões de monstros clássicos do terror, reimaginados dentro de lógica do AD&D. Eles estavam aprisionados em seus reinos, amaldiçoados por sua maldade e por seus atos e condenados a eternamente… enfrentar grupos de heróis que apareciam de tempos em tempos.</div><div class="MsoNormal">Com excelentes aventuras e suplementos, Ravenloft (o cenário) tinha histórias incríveis, que facilmente rivalizavam em qualidade com suas fontes inspiradoras. Além de versões de monstros clássicos, alguns vilões retirados da mitologia do AD&D receberam um espetacular tratamento no cenário, como Harkon Lucas, o manipulador lobo metamorfo, Azalin, o tirânico lich e Jacqueline Renier, a sedutora mulher-rato.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">E tudo isso começou com uma simples aventura de se invadir o castelo e destruir o vampiro malvado.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Atualmente o cenário e a linha de produtos foi descontinuada, não antes de ter sua versão para a segunda e terceira edição do D&D. Mas Ravenloft (a aventura) ainda persiste, seja em sua versão pra segunda edição (com o nome <i>House of Strahd)</i>, ou para a terceira (<i>Expedition to Castle Ravenloft</i>), ou até mesmo em sua versão como jogo de tabuleiro (chamada apenas <i>Castle Ravenloft)</i>.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrhAD4Z_CuHLaDMRpZcrVous2eGC2UGcxZPgDoKozlsv15CCvbZBrWG8Y9sPZXMx2i4U-99inTZQmXyb58_C0gqzkDKrtTawAM9M2Kcq1KfWAEFglJhbsOZk1iS1cOJQ1_19fJCku74Vk/s1600/Ravenloft+3-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrhAD4Z_CuHLaDMRpZcrVous2eGC2UGcxZPgDoKozlsv15CCvbZBrWG8Y9sPZXMx2i4U-99inTZQmXyb58_C0gqzkDKrtTawAM9M2Kcq1KfWAEFglJhbsOZk1iS1cOJQ1_19fJCku74Vk/s400/Ravenloft+3-1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; text-align: center;">Respectivamente: edição comemorativa, versão para o AD&D 2a edição<br />
e capa dura para a 3a edição.<br />
Parece que von Zarovich não envelheceu muito bem...<br />
</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal">Como mestre e jogador, já presenciei alguns momentos… curiosos dessa aventura, graças à incrível imaginação caótica dos jogadores, ou a sua tremenda falta de sorte:</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>Momento assustador:</i> o personagem de um dos jogadores, ao entrar em uma cripta, é teleportado para outra cripta, cheia de monstros mortos-vivos que o atacam de imediato. Detalhe, o personagem é teleportado sem seu equipamento e roupas. Em seu lugar, um morto-vivo aparece vestindo as roupas e equipamento do herói desaparecido. Os seus colegas ficam com a impressão que o amigo virou um morto-vivo!</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>Momento engraçado:</i> um dos jogadores, cujo personagem era um bárbaro incrivelmente poderoso, depois de enfrentar um ataque de mortos-vivos a vila de Baróvia, resolve comemorar e vai a uma casa de meretrício, sem desconfiar que as prostitutas eram vampiras controladas pelo Conde Strahd. Ele voltou na manhã seguinte fraquinho, fraquinho...</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi0UZXhqBOllAJbdBX1Lpq4SARlBRcixX4VPdZaxHemIvXc2CcN8H14EFx3YqUwYFMACFcIcwFdeUFGXlEHD_fLSDBr0gTB-DWMTciQQ71p1xIwNUGBHHw40tILYiY3CcpRgfjV6twzy0/s1600/alumni_strahd.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="194" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi0UZXhqBOllAJbdBX1Lpq4SARlBRcixX4VPdZaxHemIvXc2CcN8H14EFx3YqUwYFMACFcIcwFdeUFGXlEHD_fLSDBr0gTB-DWMTciQQ71p1xIwNUGBHHw40tILYiY3CcpRgfjV6twzy0/s320/alumni_strahd.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Eles invadem o MEU castelo e eu é que sou o vilão..."</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal"><i>Momento “como assim?”:</i> usando um artefato mágico poderoso de efeitos imprevisíveis, um dos jogadores conseguiu fazer que o vampiro Strahd voltasse vida... como um guerreiro e feiticeiro de poder assombroso (por 24 horas). Toca o Strahd mudar toda sua estratégia pra tentar derrotar os heróis...</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-85708280357131202902011-05-27T13:52:00.000-07:002011-05-27T13:52:44.959-07:00Aniversariantes AssustadoresEstou meio sem tempo para fazer uma postagem decente, mas não podia deixar em branco o dia de hoje, que é aniversário de dois dos meus atores favoritos.<br />
<br />
Então, só para fazer uma rápida homenagem...<br />
<br />
Meus mais sinceros parabéns ao sir Christopher Frank Carandini Lee, que hoje completa 89 anos...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNo_IT1aZxo-kocr5qDdek_CFB-kx5CGNe2M8ZzM8C5rsUABg3U0hTrMIsx8W3S7xr5zxgjVvRBIcXmD3fhZibKJHa2c4MlSYEidqzPyHXTW3CrBQavnRQZFMdx6tx2gdcETpHO4x6DR0/s1600/tumblr_lltygnnohA1qf83cro1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNo_IT1aZxo-kocr5qDdek_CFB-kx5CGNe2M8ZzM8C5rsUABg3U0hTrMIsx8W3S7xr5zxgjVvRBIcXmD3fhZibKJHa2c4MlSYEidqzPyHXTW3CrBQavnRQZFMdx6tx2gdcETpHO4x6DR0/s320/tumblr_lltygnnohA1qf83cro1_1280.jpg" width="254" /></a></div><br />
E ao centenário do nascimento do inigualável Rei do Grand Guignol,Vincent Price.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGoIyWr-nJEn8AkoRmFh4jgxn5A4_lrdL4TOmSE3dyuRSbKKLOJAqm96Yvj1_bsMf8qvsDs3IbJJKpx2EAr3XyN7bO9_yI4TyDGf6l9hosd3nXjVFpGvuEPeIman6EOzA6Z5UTqjJh784/s1600/tumblr_llp11spM281qf83cro1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGoIyWr-nJEn8AkoRmFh4jgxn5A4_lrdL4TOmSE3dyuRSbKKLOJAqm96Yvj1_bsMf8qvsDs3IbJJKpx2EAr3XyN7bO9_yI4TyDGf6l9hosd3nXjVFpGvuEPeIman6EOzA6Z5UTqjJh784/s320/tumblr_llp11spM281qf83cro1_1280.jpg" width="261" /></a></div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-5172152728216035362011-05-11T05:22:00.000-07:002011-05-11T05:36:30.577-07:00OOK! ou O excelso cavalheiro da Ordem da Grande A’Tuin<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Muitos escritores gostam de dizer que almejam um dia ter a mesma habilidade com as palavras de Stephen King, ou de Neil Gaiman, ou Machado de Assis, ou até mesmo de Shakespeare. Eu gostaria de, um dia, escrever tão bem como Terry Pratchett.<br />
<br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPcxUng_KWvPzVQPN2RTATxNUvJb2IlPwntt-aTp8WEuoNIEODKaX9avQiLlMF2TWFzp75PXGbPaYQcu_KvczWRbaLsecOKRwcE45yR7KsE3wVHCqWtjBfSFuVdhSZCWJBz5d_S7fPt8Q/s1600/pic-2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPcxUng_KWvPzVQPN2RTATxNUvJb2IlPwntt-aTp8WEuoNIEODKaX9avQiLlMF2TWFzp75PXGbPaYQcu_KvczWRbaLsecOKRwcE45yR7KsE3wVHCqWtjBfSFuVdhSZCWJBz5d_S7fPt8Q/s320/pic-2.jpg" width="289" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sir Prachett<br />
foto de sua página oficial.</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Para quem não conhece, Pratchett é um inglês que começou sua carreira em 1971, e ao longo desses quarenta anos escreveu uma quantidade insana de livros, em grande parte de fantasia, ficção e humor. Normalmente, misturando esses estilos em histórias estranhas, insólitas e engraçadíssimas. Ele consegue fazer um humor tão rápido e inesperado, que muitas vezes é difícil ler um de seus livros sem ter que parar a leitura para rir ou tomar fôlego entre uma piada e outra.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Sir Pratchett (ele recebeu o título da Ordem do Império Britânico em 1998 por sua colaboração para a literatura e o título de cavalheiro em 2007) é um dos autores mais lidos do Reino Unido (pra ser específico, o segundo mais lido) e o sétimo escritor não-americano mais lido nos EUA. Ele já vendeu mais de sessenta milhões de livros, em 37 idiomas diferentes.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Todos esses dados são legais, interessantes e tal (e facilmente adquiridas via Wikipédia), mas um detalhe torna Pratchett ainda mais genial: ele é o criador de Discworld.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">O Disco, um mundo chato como uma pizza, que fica apoiado nas costas de quatro elefantes titânicos, que ficam nas costas de uma tartaruga gigantesca, é o cenário de histórias engraçadíssimas, que parodiam todos os elementos de literatura fantástica que se pode lembrar (e alguns de outros estilos também). O primeiro livro foi <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Cor da Magia</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Colour of Magic</i>, de 1983) e a série foi seguindo, seguindo e agora, ao todo são 38 livros, com mais um prometido para outubro deste ano. E isso se consideramos apenas os livros tidos “principais”, pois ainda existem outros livros paralelos, voltado para o público infantil, ou de arte, ou descrevendo a geografia do Disco, ou de receitas…<br />
<br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl99SxymtoQXDv-B9xynHOHYmXx0AONnS5bPC1lSCoQL33BTkRdwlnnr45qRlhSCsZOF3K-pcpOgcwBjd5pmhYgv94GwnZioxcxpI6HA1zgSrZJukS-uH40yPa4amext65fNAftwqi1Zg/s1600/DiscworldShelf.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl99SxymtoQXDv-B9xynHOHYmXx0AONnS5bPC1lSCoQL33BTkRdwlnnr45qRlhSCsZOF3K-pcpOgcwBjd5pmhYgv94GwnZioxcxpI6HA1zgSrZJukS-uH40yPa4amext65fNAftwqi1Zg/s320/DiscworldShelf.png" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma pequena amostra dos livros de Discworld... <br />
e não é completa!</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Além dos livros, Discworld já foi tema de adaptações para rádio, teatro, games para computador, RPG e filmes para televisão. Volta e meia aparecem notícias sobre essa ou aquela adaptação para cinema aparecem aqui e ali… <br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">O cenário é tão vasto, e suas histórias tão diferentes que ainda vou dedicar mais postagens a ele. Por enquanto vamos ficar por aqui e falar mais do autor.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Pratchett não é apenas um escritor divertido, engraçado e hábil com as palavras (sem mencionar rápido!), mas é também uma pessoa com um enorme senso crítico, mostrando questões sérias de forma muito diversa do que estamos acostumados. Ou seja, usando humor, fantasia e personagens engraçados, ele nos faz refletir em assuntos que normalmente deixamos de lado na nossa rotina. Mesmo que seja apenas para vermos o ridículo de certas modas, atitudes, comportamentos, etc.<br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">É curioso que um autor assumidamente cínico e pessimista quanto à humanidade possa escrever de forma tão engraçada e divertida, deixando sempre escapar uma mensagem com um pouco de otimismo e esperança. <br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">E mesmo que ele não admita, esperança parece não ser apenas uma crença vazia para ele (novamente, por mais que ele diga não tê-la). No final de 2007, Pratchett anunciou que é portador de uma forma rara (e incurável) de Mal de Alzheimer, em seus estágios iniciais. Depois de seu anúncio, fez grandes colaborações para o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Alzheimer's Research Trust</i> (fundo britânico que patrocina pesquisa sobre a doença) e constantemente chama atenção do público para as diversas polêmicas envolvendo o tratamento. <br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Ele não se entregou ao autopiedade ou a perspectiva de que sua maior qualidade, sua mente, pode abandoná-lo em pouco tempo. Continua escrevendo sobre os diversos assuntos que gosta, participando das produções baseadas em suas obras e atuando na defesa da causas que escolheu. <br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Escritor de fantasia, fã de videogames, Astronomia e História Natural, defensor de orangotangos e de pesquisa sobre tratamento de Alzheimer, criador de um dos mundos mais bizarros da literatura, ter seu nome numa espécie pré-histórica de tartaruga... E ainda por cima, é amigo do Neil Gaiman! <br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">E feliz aniversário (um pouco atrasado, ele completou 63 anos em 28 de abril deste ano). <br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Parabéns por tudo isso e muito obrigado, sir Terence David John Pratchett.</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Y6l6vAEQgjIB_cF-n_TXcgkcuDb2vskoe5IKvtXS1kZZtTgnODN5LMo0pS9_TSJChYN36Po96BY1zik11jpI2WHDpnoathSEumYpvMkMOtmnPI7s1kw1omKW2FV73-J3pT2lJNACs_A/s1600/terry-pratchett.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Y6l6vAEQgjIB_cF-n_TXcgkcuDb2vskoe5IKvtXS1kZZtTgnODN5LMo0pS9_TSJChYN36Po96BY1zik11jpI2WHDpnoathSEumYpvMkMOtmnPI7s1kw1omKW2FV73-J3pT2lJNACs_A/s320/terry-pratchett.jpg" width="263" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pratchett por Paul Kidby, ilustrador <br />
oficial da série Discworld </td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">P.S.: A editora Conrad lançou no Brasil vários livros desse excelentíssimo cavalheiro britânico, e todos são leitura recomendadíssima. Só da série Discworld foram doze livros, além de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Fabuloso Maurício e seus Roedores Letrados</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Os Pequenos Homens Livres.</i><span class="apple-style-span"><b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><i>Página oficial de Terry Pratchett: </i><a href="http://www.terrypratchett.co.uk/">http://www.terrypratchett.co.uk</a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><i>Página oficial de Paul Kidby e seus trabalhos para Discworld: </i><a href="http://www.paulkidby.com/">http://www.paulkidby.com/</a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><i>Página pessoal de Paul Kidby: </i><a href="http://www.paulkidby.net/">http://www.paulkidby.net/</a></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><i><br />
</i></div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-60218201822748482502011-04-17T14:10:00.000-07:002011-05-11T05:23:15.399-07:00Mais de vinte anos esperando o metrô…<div class="MsoNormal" style="text-align: right;"><i>(publicado originalmente em 3 de março de 2011)</i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Não é segredo algum que um dos meus escritores de terror favorito é Clive Barker, bem ao lado de H. P. Lovecraft. Falando a verdade, acho que o Barker tem um pouquinho de vantagem, não por questões técnicas ou importância na literatura de terror ou algo assim É só gosto pessoal mesmo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVy4zqBBzNvLeQ9qU2Az2twJcMemu-XIooaANFG4DqT_deJ5Fk0ib7cpLtVhdNysh8NJTWEPfjEyZvjh6Mm681e35Op001FeW_bH-YV2h8eyw19k5rOgL_vJFJU4QMVc8kMmXS-2lEZYo/s1600/LIVROS_DE_SANGUE_1283876157P.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVy4zqBBzNvLeQ9qU2Az2twJcMemu-XIooaANFG4DqT_deJ5Fk0ib7cpLtVhdNysh8NJTWEPfjEyZvjh6Mm681e35Op001FeW_bH-YV2h8eyw19k5rOgL_vJFJU4QMVc8kMmXS-2lEZYo/s1600/LIVROS_DE_SANGUE_1283876157P.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O primeiro volume de uma assustadora <br />
antologia de contos de terror.</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal">Clive Barker tem uma característica que me atrai muito: sua criatividade estranha e bizarra. Ele inventa situações e, principalmente, conceitos que são tão esdrúxulos que tornam suas histórias e contos (e mais recentemente os seus romances longos) únicos e memoráveis. E não é só isso, o quê alienígena e distanciado que ele impõe nas suas histórias colabora ainda mais com o clima de estranheza que deixa tudo ainda mais assustador.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Nem sempre é bom o leitor ficar perdido demais ao ler um livro, senão ele se cansa e larga a leitura, mas no caso de Barker, ele tem outros pontos que conseguem prender a atenção. Um deles é justamente a mesma estranheza que pode gerar essa confusão! A coisa é tão diferente e bizarra, que se tem aquela vontade de tentar entender, mesmo que a resposta não seja a coisa mais agradável do mundo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Bom, se essa capacidade de criar coisas e histórias estranhas e bizarras é uma das características mais marcantes no trabalho de Barker, também é uma maldição para o escritor. Por conta disso, fica difícil termos boas adaptações cinematográficas das espetaculares histórias saídas da mente desse autor insano. A coisa chegou num ponto que o próprio Clive Barker decidiu se tornar diretor, depois de dois resultados pra lá de sofríveis (estragando inclusive um de seus melhores contos, Cabeça Descarnada), Barker meteu as caras e dirigiu uma adaptação de <i>Hellbound Heart</i>, noveleta que ele tinha escrito pensando na tela grande. O resultado foi um dos mais marcantes e criativos filmes de terror da década de 1980, <i>Hellraiser – Renascido do Inferno.</i></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF40juhyLwSIis0ilTfoUcwXaUCNTj2zu4Erx9kMdp3z6rk6UE6WArs64or0HP3p0f9a5jy4QEXAG9CfPHKFJHdRH2sJ8OW8c4Dn9HpRcHXGN5Ha2mKh0pVP63Ii5fC_gUG4OTNbbaXL0/s1600/rawhead20rex20ss20head20in20hand.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="178" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF40juhyLwSIis0ilTfoUcwXaUCNTj2zu4Erx9kMdp3z6rk6UE6WArs64or0HP3p0f9a5jy4QEXAG9CfPHKFJHdRH2sJ8OW8c4Dn9HpRcHXGN5Ha2mKh0pVP63Ii5fC_gUG4OTNbbaXL0/s320/rawhead20rex20ss20head20in20hand.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Muito ruim, não? Barker também achou, <br />
disse que faria melhor... e fez!</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Mas essa “maldição” continuou muito ativa, permeando todas as outras tentativas de adaptação de obras de Barker, inclusive quando o diretor era o próprio Barker, que não conseguiu acertar a mão em<i> Raça das Trevas</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nightbreed,</i> 1990, que depois eu vou falar mais a respeito) e nem <st1:personname productid="em O Mestre" w:st="on">em <i>O Mestre</i></st1:personname><i> das Ilusões</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Lord of Illusions,</i> 1995). Mesmo sendo fã do trabalho dele e tendo um enorme interesse em todas as filmagens baseadas em seus livros, não deixo de reparar como elas geram filmes fracos. Nenhum chegou aos pés do primeiro Hellraiser, por melhor que fossem. Gosto bastante de <i>Candyman</i>, mas ele acaba se perdendo em algum ponto, e fica apenas um filme de sustinhos, novamente desperdiçando uma excelente história e um personagem com um tremendo potencial. O próprio Hellraiser virou uma franquia, com sete continuações, das quais uma é passável, duas são fracas, uma é ruim e as outras três são péssimas.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHYIIacksr5je1G4flLpIZ9OxRmP0VWOD7vA0TZfTfGTbjA4C58dDOdfzWlxa6u-EuW7OBDGtC5dpuJrXByk4FI2BaCQiMUDotmMkgY1iUpk1zGxC3gHT5Hob4W1d6JnlsG5JDO169jcY/s1600/O%252B%25C3%259Altimo%252BTrem.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHYIIacksr5je1G4flLpIZ9OxRmP0VWOD7vA0TZfTfGTbjA4C58dDOdfzWlxa6u-EuW7OBDGtC5dpuJrXByk4FI2BaCQiMUDotmMkgY1iUpk1zGxC3gHT5Hob4W1d6JnlsG5JDO169jcY/s320/O%252B%25C3%259Altimo%252BTrem.jpg" width="224" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Metrô de madrugada, Vinnie Jones e um martelo <br />
de carne. Acho que vou descer na próxima estação...</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal">Depois de tudo isso, qual não foi a minha surpresa ao ver O Último Trem (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">The Midnight Meat Train</i> – 2008), filme pouco divulgado e pouco badalado, onde o diretor Ryûhei Kitamura finalmente conseguiu pegar o clima não apenas do conto que originou o filme, mas da maioria do trabalho de Barker. Um roteiro razoavelmente simples, mas tremendamente bem executado, com atuações ótimas, em especial a de Vinnie Jones, que sem falar uma palavra sequer conseguiu criar um assassino brutal e assustador que gela o sangue de qualquer um com um simples olhar. Tá bom, tá bom… vamos dar um pouco do crédito também pro diretor…</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Não é exatamente um filme que atrai grandes multidões ou que irá satisfazer o gosto de todos, mas é fiel ao espírito do que Clive Barker queria quando se dispôs a usar a cadeira do diretor em 1987 para mostrar sua visão distorcida de um inferno sádico onde criaturas torturam almas com promessas de prazeres além da imaginação (e onde os conceitos de “prazer” e “sofrimento” são meio confusos). A história tem poucas explicações e não vá esperando entender tudo o que se passa na tela, não espere ter respostas para cada cena, porque essa é a intenção. </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Levou mais de vinte anos, mas finalmente Barker teve uma de suas histórias adaptadas de forma digna. E bizarra. E assustadora.</div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-88643230041178038172011-04-17T05:42:00.000-07:002011-05-11T05:24:33.435-07:00O Terror, o Terror...<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4pt; text-align: right;"><i>(publicado originalmente em 23 de fevereiro de 2011)</i></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Quando tinha por volta de dez anos, eu era um garoto todo certinho, todo bem comportado. Eu dormia cedo todos os dias, pra não perder a hora de ir pela manhã para a escola, de segunda a sexta.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Mas as sextas-feiras eram dias especiais. Como eu não tinha aula nos sábados e não precisava acordar cedo, então eu podia ficar acordado até “altas horas da noite”. Se formos comparar com hoje em dia, nem era tão tarde assim, mas era um feito e tanto (pelo menos na minha cabeça) conseguir ficar acordado até essas horas, assistindo a filmes que a gente tinha visto que ia passar durante a semana.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Ver esses filmes de “adulto” (e nem estou me referindo a filmes pornô, mas aqueles que eram considerados feitos para adultos, filmes policiais, de ação, drama, etc.) era como uma prova de coragem entre os garotos da escola, dependendo do caso, o assunto do dia. Ainda não existia TV a cabo em grande escala, e poucas famílias tinhas vídeo-cassete, e as escassas oportunidades de se ver um filme que tinha aparecido em revistas ou jornais, era quando os canais de TV aberta conseguiam comprar esses títulos e faziam o maior alarde sobre quando seria exibido. Filmes famosos como Caçadores da Arca Perdida e Os Caça-Fantasmas eram anunciados por semanas antes de irem ao ar e quando passavam era como se fosse um grande evento, a família marcava dia e hora para vê-los.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Se era assim com filmes conhecidos, o que dizer de filmes que ninguém sabia do que se tratava? Como os filmes de terror. E se era motivo de orgulho para um garoto de dez anos conseguir assistir a um filme de “gente grande”, imagina como era quando esse garoto conseguir ver um filme de terror! Ser o primeiro da turma a comentar sobre o filme era um dos melhores momentos do dia.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Eu esperava ansiosamente pela chegada da sexta-feira, porque enquanto os canais de maior audiência deixavam o sábado como o dia para os grandes lançamentos e os filmes mais conhecidos, outros canais reservavam a sexta-feira pra filmes de gêneros específicos, como faroeste e, o meu favorito, o terror.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">A Record tinha um horário na noite de sexta-feira para exibir filmes de terror, na maioria das vezes, produções da Hammer (ou outras produtoras contemporâneas a ela) e grandes nomes como Christopher Lee, Peter Cushing e Vincent Price apareciam com frequência nessas produções.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE-oEmnnUtFkxbj5dhIjBSqqFSG-jioCz19jgV3M1c6ii-MzOx80PuaX2taebz0oMAnNq3YB9PqT7-VVRaSKwvKx9pdgwGRfFvCs2kE1oA7amMzUY7rPSmKqwFshCaMDp0NRy3B5RyqFU/s1600/HouseofLongShadows.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE-oEmnnUtFkxbj5dhIjBSqqFSG-jioCz19jgV3M1c6ii-MzOx80PuaX2taebz0oMAnNq3YB9PqT7-VVRaSKwvKx9pdgwGRfFvCs2kE1oA7amMzUY7rPSmKqwFshCaMDp0NRy3B5RyqFU/s320/HouseofLongShadows.jpg" width="248" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Christopher Lee, Vincent Price, John Carradine e <br />
Peter Cushing em <i>The House of Long Shadows</i> (1983)</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">E o pequeno Rogerio de dez anos era um assíduo espectador desses filmes todas as sextas. Esperando meu pai chegar do trabalho, eu ficava na sala da casa, naquela mistura de medo e deslumbre. Invariavelmente acabava caindo no sono, e a minha mãe pacientemente me levava pra cama.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Muitos desses filmes eu só fui saber o final anos depois, quando eu, bem mais adulto, encontrava o filme numa locadora ou para vender em lojas ou sebos, e nem mesmo assim (ou talvez por causa disso) eu deixei de adorá-los.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Para mim, esses filmes que deveriam se assustadores se tornaram momentos preciosos da minha infância. Pra mim, as histórias não eram contos monstruosos e hediondos, os vilões não eram seres malignos que encarnavam tudo que existe de ruim na Humanidade. Não via os filmes porque eu era insensível e cruel, porque eu seria uma criança sádica que adorava ver o sofrimento dos outros… nada disso. </div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQVshBVg0xtpkoVlWsFt3bJcUziJ5OF3n5w5_iMuL4QDGW7lsagLphoWGiJJlRm6hoW7bvfYEuaTS0Rm541TBxZdSFJviA-nefyJy0FsttS_wAYQfjYIB15u9tJaREbwwbqJXbDd6ht8w/s1600/ComedyOfTerrorsVPestate.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQVshBVg0xtpkoVlWsFt3bJcUziJ5OF3n5w5_iMuL4QDGW7lsagLphoWGiJJlRm6hoW7bvfYEuaTS0Rm541TBxZdSFJviA-nefyJy0FsttS_wAYQfjYIB15u9tJaREbwwbqJXbDd6ht8w/s320/ComedyOfTerrorsVPestate.jpg" width="253" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Basil Rathbone, Vincent Price, Peter Lorre e Boris Karloff. <br />
Esses adoráveis cavalheiros do Horror Clássico...</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">O grandes atores desses filmes, Christopher Lee (o eterno Drácula, apesar dos mais jovens só lembrarem dele como o Saruman de O Senhor dos Anéis), Peter Cushing (um dos Van Helsings mais icônicos do cinema, e que já interpretou um vilão que mandava o Darth Vader calar a boca), Boris Karloff (o inesquecível monstro de Frankenstein, cuja verdadeira paixão era escrever histórias infantis) e Vincent Price (o impagável Doutor Phibes, e que na vida real era ator de teatro clássico, gourmet e colecionador de arte) eram minhas companhias nas noites de sexta. Eram como tios divertidos, alguns até engraçados, que estavam ali para me distrair enquanto meu pai não chegava.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Obs.: Haviam outros atores que eu só fui conhecer depois, mas que também tem um lugar nas minhas boas recordações: Peter Lorre, Bela Lugosi, Basil Rathborne, John Carradine, Donald Pleasence e Lon Chaney Jr.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">A impressão que eu tinha (principalmente quando Vincent Price fazia aquela sua cara fanfarrona) era que eles estavam me dizendo “oh, você tem que esperar? Então nós vamos contar uma história assustadora e divertida pra você…”. Eram pessoas legais e bacanas, cuja história verdadeira, longe das câmeras, teve uma grande influência na construção do meu caráter e no que eu acabei me tornando. Todos eles eram atores que retratavam monstros ou maníacos, mas eram (e são, já que Christopher Lee ainda está vivo) todos cavalheiros, pessoas de educação e cultura incomparáveis, alguns até vindo de família nobre e com título de “sir”.</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8tb6ZJRdYxERax1alwk1P_r7Iz4ZM6blrWd8Zy6uWtH7Q1ga6PJvy-VEwCahhcn-yZbWN7oVeFXXWruwQDAXaPMrKH5JUwtXsQGUtPK1Rh3_qVQ1bp6zsCz8A91sl0BpKHKsau5UUeBE/s1600/Comedy+of+terrors+cropped.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8tb6ZJRdYxERax1alwk1P_r7Iz4ZM6blrWd8Zy6uWtH7Q1ga6PJvy-VEwCahhcn-yZbWN7oVeFXXWruwQDAXaPMrKH5JUwtXsQGUtPK1Rh3_qVQ1bp6zsCz8A91sl0BpKHKsau5UUeBE/s400/Comedy+of+terrors+cropped.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um momento de descontração (um tanto que mórbida) durante as filmagens <br />
da comédia de humor negro<i> Farsa Trágica</i> (<i>The Comedy of Terrors</i>, 1963) </td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 4.0pt;">Se hoje eu gosto de filmes e livros de terror, é porque eu queria esperar meu pai chegar em casa e, em partes, por culpa desses honrados senhores.</div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8492708107092225080.post-78815397966462713492011-04-17T05:17:00.000-07:002011-04-17T05:17:08.332-07:00O que aconteceu com o Gabinete?<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Saudações.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-bottom: 0.5em; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAOblq50o_CVdArtIfWYx6Ksc2VvXzF-x8lSAyVv4kJ3HdJ-7yqAVbM5EqHaEMyWghIxp94bIliwglha-bDmIBzeb7aBsVWiHanPfSduQergClfQRMpKpivjnyNLp6nU79KdBDiwBKWwk/s1600/caligari_still1+-+crop.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAOblq50o_CVdArtIfWYx6Ksc2VvXzF-x8lSAyVv4kJ3HdJ-7yqAVbM5EqHaEMyWghIxp94bIliwglha-bDmIBzeb7aBsVWiHanPfSduQergClfQRMpKpivjnyNLp6nU79KdBDiwBKWwk/s400/caligari_still1+-+crop.jpg" style="cursor: move;" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; padding-top: 4px; text-align: center;">"Maldição! Pra onde foi aquele blog?"</td></tr>
</tbody></table><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Infelizmente, o Gabinete ficou fora do ar por alguns dias, graças a uma pequena série de problemas técnicos e pessoais que, felizmente, já foram resolvidos. Um desses problemas foi com a minha conta no blogger, que acabou movendo o blog, bagunçando um pouco as coisas.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Resolvi de uma forma meio tacanha, mas que vai funcionar sem maiores problemas. O endereço mudou (com um simples "o" antes de Gabinete), mas nada de muito difícil de se encontrar, eu creio.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Como estou acertando tudo por aqui, mas não tive como recuperar os adoráveis comentários daqueles que me visitaram logo nos primeiros dias do meu primeiro blog. Vocês sabem o quanto eu fiquei feliz com suas palavras simpáticas, mas não consegui recupará-las para postar aqui novamente.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Os primeiros textos serão postados novamente, e, em poucos dias, colocarei também material novo. Só tenham um pouco de paciência com esse novato no mundo dos blogs.</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Muito obrigado.</div>Rogerio Saladinohttp://www.blogger.com/profile/08857006171501773396noreply@blogger.com0