A Noiva de Frankenstein
Dr. Frankenstein, a Noiva e o Dr. Pretorius. |
A Noiva de Frankenstein (1935) é considerada por muitos (inclusive por mim) como um dos melhores filmes da safra de Monstros Clássicos dos Estúdios Universal. Não se contentando em fazer uma reles sequência, Whale aumentou tudo o que pode. O Monstro agora fala (e Karloff deixou os olhares ainda mais assustadores que antes) e tem uma compreensão maior do que ele quer e - no final - do que ele é de verdade. As imagens são mais emblemáticas e vários momentos se tornaram momentos inesquecíveis da Sétima Arte. Para cutucar com vara curta a censura da época, Whale coloca no filme diálogos provocantes, imagens que normalmente não podiam estar presentes em filmes de terror e um dos primeiros personagens homossexuais do cinema (lembre, estamos falando de 1935).
Elsa como Mary Shelley |
A única mulher entre os Monstros Clássicos da Universal, A Noiva foi a estrela do melhor filme do estúdio, e mesmo sem matar ninguém, entrou para história do terror de forma esplêndida.
Elsa Lanchester
Tão formidável quando a personagem que interpretou, Elsa Lanchester deve ser lembrada por sua vida e carreira. Estudou dança com Isadora Duncan (que ela odiava) e depois passou a se dedicar ao teatro, onde conheceu Charles Laughton, com quem se casou em 1929. Ela trabalhou em vários filmes e peças britânicas e a qualidade de seu trabalho levou Whale a convidá-la para A Noiva de Frankenstein, onde ela fez dois papéis (a escritora Mary Shelley e a Noiva).
Sua participação em Mary Poppins |
Além de sua carreira, Elsa era uma figura polêmica. Criticando abertamente posturas e atitudes do meio cinematográfico (e de Hollywood em especial), ela era frequentemente ignorada pelos críticos e e "especialista do ramo" da época. Filha de comunistas assumidos e filiados (novamente, lembre que estamos falando de 1935), suas opiniões eram tidas como incômodas e "desagradáveis". Mas nada disso a impediu de ter a vida que queria, como queria. Seu casamento com Charles Laughton era aberto e ambos tinham amantes, com o conhecimento e consentimento um do outro (lembra que eu disse? Estamos falando de 1935). Elsa e Charles permaneceram casados até 1962, quando Laughton morreu. Havia muitos boatos sobre o casal, mas, novamente, eles não impediram que os dois fossem felizes até o final da vida de ambos.
O olhar perturbador e fascinante da Noiva. |
Mas que, com um olhar e um grito, conseguiu ser lembrada para sempre.
eu assisti esse filme é melhor que o primeiro,
ResponderExcluirBom passar por aqui e lembrar que tinha esquecido dessa obra na minha lista de "filmes para assistir"!
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